Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better. Samuel Beckett

quarta-feira, 30 de março de 2011

dEUS @ London

É com muita satisfação que recebo hoje um email da songkick a informar que os dEUS vão actuar em Londres na sua primeira torné em 3 anos!

Onde:Relentless Garage 20-22 Highbury Corner, at the beginning of Holloway Road, opposite Highbury & Islington tube station, N5 1RD.
Quando:1 Junho
Quanto:15£+3£(fees)

Deixo aqui "Instant Street" do album "The Ideal Crash" de 1999. Um album e uma banda que me fizeram companhia nesta década. Naquele tempo fazia-se música e não perucas. É de aproveitar, não vão eles hibernar mais 3.



PS- Reparei agora que este clip mostra algumas qualidades coreográficas ao estilo OKGO. Ou será ao contrario?

domingo, 27 de março de 2011

March for the Alternative


Este sábado houve um protesto nas ruas de Londres. O "protesto pela alternativa" teve como alvo os cortes que o governo tem vindo a fazer nos últimos meses. Estima-se que se juntaram 250 mil protestantes. A manisfestação foi organizada por vários sindicatos entre os quais o Unite (pronto, é o único que me lembro) mas facilmente sequestrada por anarquistas (um palavra curta que serve para descrever putos que gostam de brincar com tinta e partir montras).



Fiquei impressionado pelo número (também porque não se comparou com a outra que fui há 2 anos) mas acima de tudo pela sua heterogeneidade. Vi alguns adolescentes que gritavam quaisquer palavras de ordem sem sentido (as que viessem primeiro à cabeça) enquanto rodavam um charro ou uma cidra. Vi muitos pensionistas (mesmo muitos) que sabiam pelo que lutavam e que me pareceram ser os mais geníunos na manifestação. Não estavam ali para dançar ou para tirar fotos para colocar no facebook.

Talvez o que mais me impressionou foi ver mesmo muitas pessoas de cadeira de rodas (e mesmo assim de cartaz em punho). E famílias completas com vários filhos, alguns com meses de idade (que acho irresponsável).


Ao passar pelo Nº10 de Downing Street (que é São Bento cá do sítio) os assobios e vaias eram muitas.


O momento alto foi este:


quando o "tanque" ecológico ultrapassou a coluna de carros de polícia e depois o corredor de polícias ao som de Anarchy in the uk dos sex pistols. Não podia ser mais indicado. Todos a bater palmas, os polícias a rir. E quando alguém pergunta ao polícia "Isn't that great!?" ele descaíu-se deixando escapar um "It's bloody brilliant!".





Em trafalgar square o protesto era um pouco diferente. Um double-decker convidava "join the kindness offensive". Voluntários ofereciam música, festa e free hugs.




Em picadilly fiquei a saber que cheguei tarde e que perdi a acção. Várias montras estavam partidas, com manchas de tinta e com o A de anarquista. Principalmente simbolos do Capitalismo como bancos ou o Starbucks. Mas também simbolos de riqueza como joalharias ou o hotel Ritz.



Encontrei também quem vestisse uma bandeira do Iraque e outra da Palestina(ou será da federação Árabe?). Agora que estive a descobrir que bandeiras eram reparei que a bandeira do Iraque na foto não é a actual. Mas sim a do período de 1991-2004. Nela está escrito Allaahu Akbar(Deus é Grande) com a caligrafia do próprio Saddam Hussein. Sendo isto verdade (pode esplicar porque olharam tão desconfiados para mim) é curioso que alguém venha para a rua, numa manifestação, comemorar um ditador que premiava manifestantes com tiros na nuca.


Em Piccadily, perto da famosa Old Bond Street, a polícia de choque fez um bloqueio. E aí estavam uma duzia de míudos a tentar armar confusão ou atenção dos média ou ambos. Entre a barreira polícial na Half Moon street e o protesto da rua principal (Piccadilly Place) gerou-se uma discussão acesa entre um dos putos e uma senhora de meia idade.
Farta de ouvir os protestos futeis das crianças como "Bankers Wankers", ela foi sem medo dirigir-se ao que mais falava e perguntou se ela sabiam porque estavam todos ali. Ele começou com conversas que era contra os banqueiros não pagarem a crise e contra a guerra e tudo o que ele teve a decorar dos vários folhetes de propaganda. Ele respondeu:
-No! That's not why we're here! It's for MY job, MY pension!
Ao que ele respondeu de forma rude (mas ainda assim com aqueles tiques de puto de RGAs) dizendo que ela não sabia nada de nada (literalmente) que devia de ir ler mais livros. Tudo isto enquanto alguns fotógrafos (profissionais e não) os cercavam. Que rapidamente perderam interesse. Ela não acreditava no que estava a ouvir. Num puto que não sabia nada do que se estava a passar ali e continuava a ter uma discussão racional com um irracional. Uma mulher com tomates que fez surgir em mim aquela vontadezinha que um deputado de uma bacanda parlamentar (Portuguesa) tem e gritar : MUITO BEM! MUITO BEM!! É ISSO!... mas mantive-me na minha. Aquele puto irritou-me em vários momentos da marcha. Em que seguia as cameras colocava-se à frente das coisas gritando palavras de ordem esperando ficar numas quantas fotografias com o ritz de janelas partidas ao fundo. E eu, pacientemente, esperava que ele saísse para tirar a minha. Por isso adorei quando esta senhora o encaixou no ridículo.



Um outro miúdo punk wannabe desafiava os policias gritando-lhes na cara "what do you want? you're nothing!". E repetia-se, repetia-se...até não saber mais o que dizer de tanto pedrado que estava.



Durante a noite os protestos azedaram em Trafalgar Square e Piccadilly causando mais estragos e 200 detenções. A camara vai gastar dezenas de milhares de libras para limpar os resultados do protesto.

Fui ao protesto como curioso que queria tirar umas fotos mas não como protestante. Nunca gritei nenhuma das palavras de ordem. Há meio ano estava no poder o Labour com Gordon Brown. Gritaram, fizeram barulho e votaram. Ele foi e vieram os que restavam. Conservatives de Cameron e Liberal Democrats de Nick Clegg (pode não ter nada a ver mas eu considero-os muito estilo bloco de esquerda. Deem-nos voz que vão ver que...nos vendemos facilmente pelo poder). Agora foram todos novamente para a rua para pedir que estes vão embora e ouvir o discurso do novo lider do Labour Ed Miliband, no Hyde Park. Justamente onde há 2 anos ouvi um comediante e outros moços dos Lib Dems (?) a pedir a queda do Labour...

Acredito que alguns manifestantes tenham razão mas não acho que lá por alguém gritar alto que tenha automaticamente razão. Penso o mesmo sobre os Protestos há umas semanas em Portugal. Mas esses vão-nos custar muito mais do que dezenas de milhares de libras. Nós é que ainda não fomos limpar a festa.

terça-feira, 22 de março de 2011

勝つ - Katsu

Há cerca de um mês vi o documentário "The Secret Life of Waves" da BBC. Tem toda uma narrativa para além do assunto principal que vale a pena ver. Também achei interessante o facto de uma onda não ser um movimento de água mas de energia (como se pode ver nos patinhos de borracha que aparecem no clip).



Guardei uma frase citada nesse doc para usar num post mais tarde. Tropecei nela agora e fiquei a pensar num significado que não entendo mais.


"You can't stop the wave but you can learn to surf."

Jon kabat-zinn

segunda-feira, 21 de março de 2011

St Patrick's Day @ Trafalgar Square 2009/10/11

No passado Domingo 13 de Março foi celebrado novamente o St. Patrick's Day em Trafalgar Square, apesar do o dia oficial ter sido a 5ªF dia 17 Março. Isto porque é bank holiday na Irlanda mas não aqui.

É um feriado religioso Irlandês mas comemorado um pouco por todo o mundo. Como qualquer feriado religioso (na [esmagadora] maioria das religiões) este é comemorado com muito alcool. Sendo a bebida de eleição dos Irlandeses a Guinness.

Curioso que lembro-me de estar no para arranca de uma das artérias do Cacém (2008) e de ouvir o programa Prova Oral da Antena 3. Em que o Alvim se encontrava num pub algures na Irlanda (Dublin?) e de entrevistar alguns Portugueses que lá estavam. E eu a pensar como seria fantástico lá estar... isso ainda não aconteceu. Mas o facto de ter bebido uma Guiness no dia 17 coloca-me no bom caminho.

Ficam as fotos das comemorações em Trafalgar Square que finalmente chegam a ver a luz do post.

2009:
Gostei da expressão deste tipo. A cabeça baixa, de copo cheio mas ainda assim de bandeira na mão refletia em 2009 o estado da Irlanda depois de entrarem na bancarrota.



2010:
É normal encontrar muita gente caracterizada nesta festa. Mas este grupo excedeu-se, e muito bem. Representam uma das coisas que mais gosto na vida em Londres. As festas temáticas, a boa disposição e o "estou-me a cagar como estou vestido".



2011:
Apesar de ser cada vez mais comum ver DSLRs nas mãos de amadores ainda continuo a ter alguma sorte quando saio com a minha. Por algum motivo (corpo de magnésio enorme?) assumem que estou em trabalho e isso faz com que façam poses para a camera (se bem que preferia que não o fizessem). Foi o que aconteceu aqui. Desataram a posar enquanto ele dizia "just make us look good on your paper". Sem sorte.

domingo, 20 de março de 2011

Geração à Rasca - A Nossa Culpa

Fiquei escandalizado quando descobri que os Homens da Luta vão representar Portugal à Alemanha. Estou-me a cagar para o festival da eurovisão mas não me sinto confortavel que enviem uma cambada de agarrados à coca (sim, a megalomania é um dos sintomas).

No facebook corriam comentários de apoio. Que "é mais que "simbólico" eles irem representar Portugal nesta altura.". Ao que eu acabei por responder com uma entrevista incrivel (no sentido "não dá pra acreditar que aquele gajo está a dizer isto", não no sentido de fantástico demais pra acreditar) e comentando "não sei se devo rir, se devo chorar":


Gosto especialmente do momento em que ele diz "venham pá rua gritar". Eu sou especialista em dar calinadas no Português mas "venham"? Verbo vir? Ele está mesmo a pedir para virem para o estúdio (onde ele está), e simultaneamente ficando na rua gritando? Como diziam no programa Acontece "como disse?". Não deveria ser "vão para a rua gritar"? Isto demonstra que ele pode dizer que andou a ler muita coisa mas não o prontuário de lingua Portuguesa, certamente.

"A pior censura é a autocensura"? Misturar boa educação ou profissionalismo com algo que ele nem consegue imaginar?!

Recebi um email muito interessante hoje. Foi de J. um amigo e ex-colega de curso que vive hoje em Varsóvia mas que nem por isso deixa de estar atento ao que se passa nesse "país à beira mar plantado" (contrariando milhares que lá residem).

Quando pesquisava o autor (que é desconhecido) notei que está a ser postado em dezenas de blogs nos últimos 4 dias (correcção aparentemente vêm do Assobio Rebelde). Isto quer dizer que concordam com o que está lá escrito. O que, a meu ver, contraria os milhares que saíram à rua no fim-de-semana passado.


Geração à Rasca - A Nossa Culpa

Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.
Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.
Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.
Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?
Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!
Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.
Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.
A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la.
Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
Pode ser que tudo isto não passe de alarmismo, de um exagero meu, de uma generalização injusta.
Pode ser que nada/ninguém seja assim.



Update: Autora Mª Anjos

"Like" a Portuguese

Estavamos eu, E (Brasileiro de São Paulo) e R (Indiano de Goa) de carro pelos rotundas de Mitcham. E digo:

- You drive like a Portuguese, R.

...

...

- What do you mean? I AM Portuguese!


Ok, dito assim não faz muito sentido nem tem muita piada. Mas o caricato foi o silêncio. A pausa que passou entre o que disse e quando nos apercebemos que era verdade. Eu porque achei que a forma como ele papava filas e cortava rotundas parecia mesmo vindo de um Português. E ele que tem passaporte, mas não sabe falar a língua.

terça-feira, 15 de março de 2011

Chevrolet, play-doh e Space Invaders

Estava eu a ler o gizmodo quando vi isto:



É um Chevrolet Orlando feito à escala real estacionado numa rua de Londres. Foi todo feito em PlayDoh, uma espécie de plasticina.



Este acima encontra-se na minha secretária depois de ter sido oferecido como prémio (juntamente com um Etch a Sketch e uma garrafa de Champagne) à equipa que faço parte. A forma "original" como a minha empresa premeia equipas ou indivíduos todos os meses fica para um próximo post.
Quando recebemos toda esta palete de PlayDoh ficou tudo a comentar como adoram aquilo (o cheiro, o sabor (aparentemente pode-se comer)). Era o brinquedo favorito quando eram crianças. E eu a anhar. Porque o que me apetecia dizer era que "isso não é da minha geração". Porque (excluindo plasticina) o PlayDoh propriamente dito acho que so apareceu quando eu já era pré-adolescente...quando os putos sortudos tinham toysRus e tal.

Por isto mais curiosidade tinha de ver o "carro" ao vivo. Reparei que havia algo distintivo na foto "Lesley Craze Gallery" e como o Google é amigo fiquei a saber que ficava a poucos minutos de onde trabalho. Tinha de lá ir.

Na hora de almoço fui dar um saltinho à Clerkenwell Road. Saí do autocarro e enquanto esperava apanhar sinal GPS o autocarro arranca deixando a nú esta janela:


Achei alguma piada, para não dizer que até está bem feito tendo em conta que foi feito com post its, e tirei uma foto. Volto costas em direcção à rua com o carro azul e vejo isto:


É o space invaders e uma especie raquítica e cor-de-rosa de SuperMario! Assim tudo fez mais sentido. Parece existir um meio muito estranho (e nerd) de comunicação entre estes dois escritórios. Como se o segundo tivesse criado esta versão space invaders e do outro lado da estrada respondessem com um like à la facebook. Agora que escrevo isto não parece ter assim tanta piada, mas na altura gostei tanto que me fez sentir orgulho de viver nesta cidade. Da forma como me surpreende constantemente. Algo assim dificilmente apareceria em Lisboa. Não tanto pela perda de horas de trabalho (que é como quem diz menos tempo para ver abola) mas por dar uma ideia a quem está la fora que "aqui estamos-nos a divertir! Aqui perdemos tempo e post its com uma brincadeira.". Acima de tudo pela aparência.
Pelo que procurei parece que as duas empresas em questão são uma Media Agency e uma empresa de design urbano e paisagistico.

Quando finalmente cheguei a tal galeria onde esperava ver o carro azul:



Dou com um lugar vazio.

Já o tinha dito antes repito "Londres dá, Londres tira".

quinta-feira, 10 de março de 2011

Deolinda @ Jazz Café

Eu confesso que parece uma beca bimbo ir a um concerto Portuga quando existem milhentas bandas para ver nesta cidade que, provavelmente, nunca irão a Lisboa. Mas não acredito que todas elas sejam bandas de músicos como esta. Não estou a falar de artistas ou "artistas" mas de músicos. De quem sabe compor, cantar e fazer espectáculo ao vivo. Deolinda sabem. Parvo seria eu se lá não fosse...





quinta-feira, 3 de março de 2011

The Square Mile

A Square Mile é talvez mais conhecida por ser o centro financeiro de Londres (a par com Canary Wharf).

Gosto muito desta vista que tenho no escritorio e costumo ficar a olhar pasmado com muita frequência. Também porque, por algum motivo, o vidro duplo faz uma ilusão optica de modo que os arranhaceus (como o Gherkin, ou como eu lhe chamo'Dildo', e a Tower 42) ficam ampliados. De modo que de onde me sento parece que esses edifícios estão mesmo ali ao lado. Também é possível ver a St. Pauls Cathedral.

Esta foi uma foto tirada no dia 26 Novembro 2010 (15h40):



Esta foi tirada em 10 Fevereiro 2011(12h), mas bem que podia ter sido tirada esta semana pois as temperaturas têm baixado a roçar os 0 graus e o nevoeiro constante:

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