Com o novo emprego nem dei pelas semanas passarem e rapidamente se passaram 3 semanas desde que respondi ao exercício.
Lembrei-me então de contactar o responsável pelo recrutamento em Londres para saber como estava o processo. Respondei-me imediatamente dizendo que estava em Buenos Aires e que ia ter uma reunião dentro de horas sobre o assunto. Telefonou-me para saber como me tinha corrido o resto do processo. E ficou ainda mais surpreso do que eu por ter recebido o exercício, visto a entrevista técnica me ter corrido mal.
Disse que me telefonaria no dia seguinte com informação sobre o meu processo.
Coincidência das coincidências, a empresa de Buenos Aires manda-me um mail minutos depois alegando que me teria tentado contactar durante o dia mas que eu não estive disponível. Estranho como o de Londres conseguiu com tanta facilidade entrar em contacto comigo.
Ficou combinada nova chamada horas depois. Apanhei o comboio de regresso a casa ansioso e fiquei de auricular pronto à hora marcada. E passou-se 15m, 30m, 1h...até que desisti. Não telefonaram e não mandaram mail a justificar o porquê.
No dia seguinte o contacto de Londres não telefonou. Foi a primeira vez que ele falhou no prometido.
Talvés uma grande alteração de última hora naquela reunião.
Só me resta esperar.
Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better. Samuel Beckett
terça-feira, 1 de julho de 2008
Buenos Aires Exercise
Depois da entrevista técnica que foi interrompida por ter ultrapassado o limite da 1h, e da tipica conversa "vamos analizar e depois dizemos-lhe qualquer coisa". Pensei que tudo estivesse perdido. Mas eis senão que uma semana depois recebo um mail com uma proposta de exercício como seguimento do processo de recrutamento.
O objectivo do exercício era avaliar a minha capacidade actual e o meu potencial.
O exercício envolvia matérias que desconhecia e que julgo que seriam desconhecidas mesmo para alguns profissionais com mais experiência. Era simulado um mail de um cliente onde era dito o teor do problema. O problema teria de ser resolvido numa semana. O mail era bastante resumindo, pelo que era possível questionar o cliente mas não sem ser penalizado.
Li o mail por alto num sábado de madrugada horas depois de o ter recebido. Tinha planos para todo o fim-de-semana e não pretendia alterá-los por causa de um exercício que me tinha sido enviado sem qualquer avíso. E se eu não acedesse ao email durante uma semana? Estaria na mesma situação que os outros candidados? Achei isto tudo uma valente tanga.
Por isso fiz o que queria e guardei o final da tarde e noite de domingo para analizar melhor o problema e planear a semana.
Escrevi no papel: "2 dia análise - 1 dias replicar problema - 2 dias resolver problema - 1 dia documentação". Era este o tempo que me restava pela frente.
Foi quase seguido á risca acabei por perder muito tempo na análise, visto tudo ser novo para mim. E não consegui replicar exactente o problema. Para isso precisava de perguntar mais ao cliente... e isto ia fazer-me entrar num diálogo que não ia jogar a meu favor. Por isso fiz o que não era muito correcto, mas necessário. Fiz de conta.
Fiz de conta que o cliente tinha feito assado e para isso tinha a resposta.
Acrescentei um diagrama Gant ao "experience Log" (um relatório dos meu passos de desenvolvimento) e esperei pelo melhor.
Joguei com o fuso horário. Quando estava a enviar o email de resposta já passavam 2h da manhã em Buenos Aires e o sol nascia na minha varanda.
O objectivo do exercício era avaliar a minha capacidade actual e o meu potencial.
O exercício envolvia matérias que desconhecia e que julgo que seriam desconhecidas mesmo para alguns profissionais com mais experiência. Era simulado um mail de um cliente onde era dito o teor do problema. O problema teria de ser resolvido numa semana. O mail era bastante resumindo, pelo que era possível questionar o cliente mas não sem ser penalizado.
Li o mail por alto num sábado de madrugada horas depois de o ter recebido. Tinha planos para todo o fim-de-semana e não pretendia alterá-los por causa de um exercício que me tinha sido enviado sem qualquer avíso. E se eu não acedesse ao email durante uma semana? Estaria na mesma situação que os outros candidados? Achei isto tudo uma valente tanga.
Por isso fiz o que queria e guardei o final da tarde e noite de domingo para analizar melhor o problema e planear a semana.
Escrevi no papel: "2 dia análise - 1 dias replicar problema - 2 dias resolver problema - 1 dia documentação". Era este o tempo que me restava pela frente.
Foi quase seguido á risca acabei por perder muito tempo na análise, visto tudo ser novo para mim. E não consegui replicar exactente o problema. Para isso precisava de perguntar mais ao cliente... e isto ia fazer-me entrar num diálogo que não ia jogar a meu favor. Por isso fiz o que não era muito correcto, mas necessário. Fiz de conta.
Fiz de conta que o cliente tinha feito assado e para isso tinha a resposta.
Acrescentei um diagrama Gant ao "experience Log" (um relatório dos meu passos de desenvolvimento) e esperei pelo melhor.
Joguei com o fuso horário. Quando estava a enviar o email de resposta já passavam 2h da manhã em Buenos Aires e o sol nascia na minha varanda.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Buenos Aires Interview
Uma semana depois de ter dado (novamente) ok ao processo de Buenos Aires ao responsavel pelo processo de recrutamente, tive uma entrevista telefónica.
Escolhi bem a data, era feriado e assim podia estar em casa descansado.
Esperei ansioso pela hora. Li tudo sobre a empresa no dia anterior e guardei toda
a informação que achei necessária. Faltava 1h para a entrevista e estava a reler
o documento quando recebo um telefonema do responsável pelo processo de recrutamento.
Muito simpático, como sempre, começou por falar no Cristiano Ronaldo e depois deu-me
umas dicas sobre como seria a entrevista. Até me aconcelhou a falar em futebol já que
é um desporto tao aclamado na Argentina.
Notou-se que não eram uma empresa britânica. Telefonaram-me com um atrazo de 15m justificando-se que estariam com problemas no telefone de conferência.
Eram 2 pessoas, homem e mulher. Fizeram-me as perguntas que já estava á espera. O que lhe faz mudar? O que lhe agrada em Buenos Aires? Tem alguma experiência Internacional (profissional ou não)?
E algumas que não esperava. Tem alguma experiência em alguma metodologia de trabalho (Scrum, ISO)?
Não brilhei, mas sabia que tinha respondido de forma aceitável á maioria das perguntas.
No final da entrevista (que durou apenas 20m) perguntaram-me quando podia ter uma segunda entrevista, desta vez técnica. Ficou combinado para o dia seguinte em que por acaso eu estava de férias.
Tive de instalar um Software de conferência (acesso remoto de desktop e tal) chamado webex e no dia seguinte lá estava eu de novo ansioso que o telefone tocasse.
Notou-se que do outro lado estavam pelo menos 3 pessoas. Embora apenas uma fizesse as perguntas.
Novamente um sotaque esquizito de quem não consegue pronunciar os érres ou éles.
Agora que estou a tentar recordar não me lembro bem, mas começou com uma pergunta parecida com um projecto que envolvesse muita gente e como é que eu lidei com isso.
Algo me está a soar falso nesta memória mas sei que fiquei muito tempo calado a pensar na pergunta, sem responder. Ele tentou ajudar-me afirmando que tinha 1 ano de experiência profissional, ou se tinha tido algum projecto assim na faculdade.
Lembrei-me de um em que estive envolvido no início do ano e assim que falei um pouco dele ele continuou com as perguntas. Depois pediu para eu aceitar o convite de partilha de desktop, e que teria de exemplificar o que tinha descrito antes de forma gráfica.
Se fosse uma videochamada todos veriam que fiquei branco. Não me recordava ao certo o que tinha falado antes. O exemplo que tinha dado era parte real, parte ao encontro da pergunta que me estavam a fazer. Até porque naquela altura eu nem me lembrava bem do projecto que tinha feito. Lembrar-me do meu próprio nome já foi uma sorte.
Longe vão os tempos em que usava o word para desenhar o que quer que fosse. Habituei-me ao Visio e outras ferramentas e então fiquei algum tempo á procura das setas e caixas de texto. Conforme fui desenhando fui-me lembrando como era a arquitectura do projecto e caixas de texto com significados vagos eram apagadas e davam lugar a novos conjuntos de caixas e setas.
Foram-me pedindo para ir descrevendo o que estava a desenhar e acho que nessa altura tudo se estava a safar. Pior veio depois.
Logo quando já estava a gostar da fazer aquilo disseram que bastava e que queriam que eu desenhasse um solução para um problema delas. Trocamos a partilha de desktop e do outro lado mundo desenharam-me o que pretendiam. Depois passaram a bola pra mim.
Comecei por dizer muitas coisas desbaratados e continuei assim até ao final.
Desenhei um esquema UML da hiearquia de classes que seriam necessárias (acho que até
foi um bom começo). Ao tentar demonstrar que sabia a diferença entre uma interface e uma classe insisti em manter interfaces quando do outro lado diziam claramente que não era necessário. Depois cheguei a um beco sem saída em que não conseguia andar mais e não sabia onde me tinha perdido. Quanto mais pensava em como estava a demorar muito tempo para um problema simples mais me enterrava na solução que estava a criar.
Até que me deram uma ajuda. Perguntaram-me se conhecia Padrões de Desenho e se podia usar algum ali. A pergunta era retórica mas não estava a ver nenhum padrão ali. Mesmo
assim perguntaram quais os padrões que conhecia. Disse 2 ou 3 correctos e outro que nem existia.
Até que foram dando ajudas até eu chegar á palava mágica "factory". Era o padrão correcto. "Há! Agora estamos a chegar algures, e sabes utilizá-lo?" Não sabia.
Os padrões de desenho fazem parte daquilo que todos os programadores deviam de saber na ponta da língua, e isto é-nos dito na faculdade. Mas no mundo cá fora, quase ninguém sabe do que se trata.
Terminei a entrevista com a certeza que tudo teria ficado por ali. Mas que ao menos tinha aprendido algo.
Factory.Factory.Factory.Factory.
Saí de casa fui ao Lagoas parque. Esplanada, imperial e público. Quando regressava a casa o recrutador de Londres telefonou pra saber como tinha corrido. Disse-me para não me preocupar com o assunto e que disfrutasse do fim-de-semana que se aproximava.
Estava triste e desiludido. Sabia que podia ter estado melhor muito melhor se apenas tivesse revisto em tempos os padrões de desenho. Mais um motivo para mudar de emprego. Estava a desvalorizar.
Achei entusiasmante como numa hora estava a falar com Londres e minutos depois com Buenos Aires. Como o nosso modo de vida esquece distâncias e fusos horários. Como era tudo isto que queria.
No dia seguinte, resolvi o problema com o afamado factory.
Escolhi bem a data, era feriado e assim podia estar em casa descansado.
Esperei ansioso pela hora. Li tudo sobre a empresa no dia anterior e guardei toda
a informação que achei necessária. Faltava 1h para a entrevista e estava a reler
o documento quando recebo um telefonema do responsável pelo processo de recrutamento.
Muito simpático, como sempre, começou por falar no Cristiano Ronaldo e depois deu-me
umas dicas sobre como seria a entrevista. Até me aconcelhou a falar em futebol já que
é um desporto tao aclamado na Argentina.
Notou-se que não eram uma empresa britânica. Telefonaram-me com um atrazo de 15m justificando-se que estariam com problemas no telefone de conferência.
Eram 2 pessoas, homem e mulher. Fizeram-me as perguntas que já estava á espera. O que lhe faz mudar? O que lhe agrada em Buenos Aires? Tem alguma experiência Internacional (profissional ou não)?
E algumas que não esperava. Tem alguma experiência em alguma metodologia de trabalho (Scrum, ISO)?
Não brilhei, mas sabia que tinha respondido de forma aceitável á maioria das perguntas.
No final da entrevista (que durou apenas 20m) perguntaram-me quando podia ter uma segunda entrevista, desta vez técnica. Ficou combinado para o dia seguinte em que por acaso eu estava de férias.
Tive de instalar um Software de conferência (acesso remoto de desktop e tal) chamado webex e no dia seguinte lá estava eu de novo ansioso que o telefone tocasse.
Notou-se que do outro lado estavam pelo menos 3 pessoas. Embora apenas uma fizesse as perguntas.
Novamente um sotaque esquizito de quem não consegue pronunciar os érres ou éles.
Agora que estou a tentar recordar não me lembro bem, mas começou com uma pergunta parecida com um projecto que envolvesse muita gente e como é que eu lidei com isso.
Algo me está a soar falso nesta memória mas sei que fiquei muito tempo calado a pensar na pergunta, sem responder. Ele tentou ajudar-me afirmando que tinha 1 ano de experiência profissional, ou se tinha tido algum projecto assim na faculdade.
Lembrei-me de um em que estive envolvido no início do ano e assim que falei um pouco dele ele continuou com as perguntas. Depois pediu para eu aceitar o convite de partilha de desktop, e que teria de exemplificar o que tinha descrito antes de forma gráfica.
Se fosse uma videochamada todos veriam que fiquei branco. Não me recordava ao certo o que tinha falado antes. O exemplo que tinha dado era parte real, parte ao encontro da pergunta que me estavam a fazer. Até porque naquela altura eu nem me lembrava bem do projecto que tinha feito. Lembrar-me do meu próprio nome já foi uma sorte.
Longe vão os tempos em que usava o word para desenhar o que quer que fosse. Habituei-me ao Visio e outras ferramentas e então fiquei algum tempo á procura das setas e caixas de texto. Conforme fui desenhando fui-me lembrando como era a arquitectura do projecto e caixas de texto com significados vagos eram apagadas e davam lugar a novos conjuntos de caixas e setas.
Foram-me pedindo para ir descrevendo o que estava a desenhar e acho que nessa altura tudo se estava a safar. Pior veio depois.
Logo quando já estava a gostar da fazer aquilo disseram que bastava e que queriam que eu desenhasse um solução para um problema delas. Trocamos a partilha de desktop e do outro lado mundo desenharam-me o que pretendiam. Depois passaram a bola pra mim.
Comecei por dizer muitas coisas desbaratados e continuei assim até ao final.
Desenhei um esquema UML da hiearquia de classes que seriam necessárias (acho que até
foi um bom começo). Ao tentar demonstrar que sabia a diferença entre uma interface e uma classe insisti em manter interfaces quando do outro lado diziam claramente que não era necessário. Depois cheguei a um beco sem saída em que não conseguia andar mais e não sabia onde me tinha perdido. Quanto mais pensava em como estava a demorar muito tempo para um problema simples mais me enterrava na solução que estava a criar.
Até que me deram uma ajuda. Perguntaram-me se conhecia Padrões de Desenho e se podia usar algum ali. A pergunta era retórica mas não estava a ver nenhum padrão ali. Mesmo
assim perguntaram quais os padrões que conhecia. Disse 2 ou 3 correctos e outro que nem existia.
Até que foram dando ajudas até eu chegar á palava mágica "factory". Era o padrão correcto. "Há! Agora estamos a chegar algures, e sabes utilizá-lo?" Não sabia.
Os padrões de desenho fazem parte daquilo que todos os programadores deviam de saber na ponta da língua, e isto é-nos dito na faculdade. Mas no mundo cá fora, quase ninguém sabe do que se trata.
Terminei a entrevista com a certeza que tudo teria ficado por ali. Mas que ao menos tinha aprendido algo.
Factory.Factory.Factory.Factory.
Saí de casa fui ao Lagoas parque. Esplanada, imperial e público. Quando regressava a casa o recrutador de Londres telefonou pra saber como tinha corrido. Disse-me para não me preocupar com o assunto e que disfrutasse do fim-de-semana que se aproximava.
Estava triste e desiludido. Sabia que podia ter estado melhor muito melhor se apenas tivesse revisto em tempos os padrões de desenho. Mais um motivo para mudar de emprego. Estava a desvalorizar.
Achei entusiasmante como numa hora estava a falar com Londres e minutos depois com Buenos Aires. Como o nosso modo de vida esquece distâncias e fusos horários. Como era tudo isto que queria.
No dia seguinte, resolvi o problema com o afamado factory.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Porquê ?!
Porque é que os Portugueses se sentem estrangeiros em Portugal, e Portugueses no estrangeiro? Por causa da saudade. Tem-se sempre, caso se seja português, saudade de qualquer coisa. O que é preciso ver é que Portugal está feito para se ter saudades dele. Propositadamente. Cientificamente. Tudo foi minuciosamente estudado para nos chatear de morte quando estamos por cá e nos matar de saudades quando não estamos.
In Os Meus Problemas (1988) de Miguel Esteves Cardoso
domingo, 18 de maio de 2008
How about Buenos Aires? (News Flash part 2)
Dois dias depois tive novo contacto com a outra empresa portuguesa com quem também tinha iniciado processo em Janeiro. Tal como a outra empresa uns parágrafos acima, nova entrevista desta vez já no cliente. Não me disseram qual seria o cliente. Apenas uma morada e o número de telefone do meu contacto. A entrevista durou apenas 15 minutos e no final ficou em aberto com o meu contacto uma outra entrevista num outro cliente para breve. O que aconteceu na semana seguinte, e tudo mudou. O cliente aceitou-me e por arrasto a empresa a que me candidatei 3 meses antes. O assinar de contracto ficou agendado para a 6ªFeira seguinte, dias depois.
Era uma 6ªFeira solarenta e eu de férias. Fui assinar contrato logo após o almoço e curiosamente á mesma hora que entrei no escritório, recebi um mail de Londres. Tratava-se do mesmo senhor que mais de um mês antes me contactou telefonicamente dizendo-se agente de recrutamente IT. Na altura pediu para tornar o meu CV mais pro-UK fez-me um questionário bastante simples telefonicamente. Enviei-lhe o CV e não tive mais resposta. Agora queria saber qual a minha situação porque tinha várias propostas em mão na minha área.
Terminada a reunião pisguei-me para o carro e segui rumo á faculdade para tratar de papeladas do diploma e rever antigos colegas. Durante essa viagem recebi uma chamada com indicativo +44 que só vi quando parei. Tentei telefonar de volta mas fui parar a um voice mail. Deixei mensagem, frustrado.
Nesse final de tarde consultei o mail e verifiquei que tinha dois novos mails. Um que foi referido acima, e outro de alguem que me tentou telefonar durante a tarde e que estava relacionado com o processo de Buenos Aires.
Respondi ao mail e combinei uma hora para falarmos sobre o processo. Fiquei ainda mais frustrado quando passei 20min a passear pela Av da Liberdade na espectativa do telefonema e sem acontecer nada. Fiquei a marterizar-me por num dia em que tudo parecia ter corrido bem (assinatura de contracto que respeitava todas as minhas espectativas)consegui não reparar numa chamada tão importante. Temi que tivesse perdido a minha hipótese na recruta por ter perdido a chamada.
Nos dias seguintes apresentei, muito nervoso, a minha carta de demissão. Que foi aceite com normalidade pelo meu superior, mas com surpresa. O mesmo não posso dizer pelos meus colegas e, sobretudo, pelo administrador. De tal modo que no fim de tarde/noite que fui entregar a carta ao escritório dei de caras com um colega de sales que passou as 4h30m seguintes a "negociar" comigo. Apresentando-se ora como amigo, ora como desconhecido, ora como "nem gente", ora como alguém a ganhar muito com isto tudo. E com túlipas e petiscos á mistura. Num período em que é difícil encontrar emprego e fácil despedir, nunca pensei que fosse preciso tanta politiquice para alguém se demitir.
No início desta semana recebo novo telefonema com indicativo +44. Corro fora da sala em que me encontrava e atendo a chamada no meio da rua. Do outro lado um senhor responsável pelo processo de Buenos Aires. Explicou-me do que se tratava, que não fugia daquilo que me tinha sido dito antes por mail, mas desta vez referiu o vencimento. Trata-se de pouco menos que o novo contracto que acabei de assinar. Como ele próprio me disse, isto não se trata de algo para me tornar rico.
Consultei o site da empresa que confirmou de certa forma o que me foi dito. Que trata-se de uma empresa multicultural sedeada em Buenos Aires que produz soluções directamente para uma grande empresa de SW internacional. When I say big...I mean BIG! Fiquei a pensar se seria uma aposta errada, visto o projecto a que me destino (em Portugal) ser algo certo, seguro e muito interessante em termos de carreira. E também porque não posso confiar num projecto que alguém overseas me oferece fazendo querer que é uma oportunidade única para estar na primeira linha. É apenas o trabalho dele.
Consultando na Web recordei a crise económica que a Argentina passou em 2001, que tinha lido em jornais e visto em notíciários e que confundira com Venezuela várias vezes. A moeda, o peso AR$, desvalorizou 70% face ao dólar nesse ano. Ou seja, é uma moeda que vale pouco mais que 20 euro centimos! E, agora que aproveitei para consultar, tem vindo em queda desde á pelo menos 5 anos.
Não se trata mesmo de ficar mais rico, até pelo contrário. Mas depois de ter consultado o ordenado mínimo de um Argentino (539pesos ou 110€) e de um trabalhador da minha área (800pesos ou 163€) e de constatar que o vencimento que me estão a propor é várias vezes superior, não me parece uma oferta assim tão má.
Depois encontrei também uma conceito que todos ouvimos falar para casos como a Índia mas que não me tinha apercebido da real escala. Trata-se do Offshore Outsourcing. Onde temos como países envolvidos nações como o Brasil, Israel ou mesmo a Polónia. No meu caso julgo que é mais parecido com um caso de Offshore software R&D.
Temos os mesmos produtos ou serviços com a mesma ou melhor qualidade efectuados em países com moeda fraca e grandes dificuldades económicas. Trata-se, portanto, de um excelente negócio para as empresas envolvidas. Mas não tanto para os trabalhadores.
Caso estejam a oferecer o mesmo vencimento aos outros elemento que irão formar a equipe (Ingleses ou mesmo Chineses) então isto tudo torna-se anedótico.
Por isso, encontro-me num processo de despedimento confuso seguindo para outro projecto e tendo no meio um processo de recrutamente confuso. Nada está ou pode estar decidido. Até por ainda tenho de ter uma entrevista telefónica com o cliente Argentino, seguido de um teste prático. Mas desta vez tudo pode ser feito sem sair de casa. Do mal o menos...
PS - Uma nota muito especial para o blogger, que conseguiu falhar o post e perder os meus últimos parágrafos. Parece que o autosave serve apenas para eu julgar que não tenho de fazer backup num notepad á parte.
Era uma 6ªFeira solarenta e eu de férias. Fui assinar contrato logo após o almoço e curiosamente á mesma hora que entrei no escritório, recebi um mail de Londres. Tratava-se do mesmo senhor que mais de um mês antes me contactou telefonicamente dizendo-se agente de recrutamente IT. Na altura pediu para tornar o meu CV mais pro-UK fez-me um questionário bastante simples telefonicamente. Enviei-lhe o CV e não tive mais resposta. Agora queria saber qual a minha situação porque tinha várias propostas em mão na minha área.
Terminada a reunião pisguei-me para o carro e segui rumo á faculdade para tratar de papeladas do diploma e rever antigos colegas. Durante essa viagem recebi uma chamada com indicativo +44 que só vi quando parei. Tentei telefonar de volta mas fui parar a um voice mail. Deixei mensagem, frustrado.
Nesse final de tarde consultei o mail e verifiquei que tinha dois novos mails. Um que foi referido acima, e outro de alguem que me tentou telefonar durante a tarde e que estava relacionado com o processo de Buenos Aires.
Respondi ao mail e combinei uma hora para falarmos sobre o processo. Fiquei ainda mais frustrado quando passei 20min a passear pela Av da Liberdade na espectativa do telefonema e sem acontecer nada. Fiquei a marterizar-me por num dia em que tudo parecia ter corrido bem (assinatura de contracto que respeitava todas as minhas espectativas)consegui não reparar numa chamada tão importante. Temi que tivesse perdido a minha hipótese na recruta por ter perdido a chamada.
Nos dias seguintes apresentei, muito nervoso, a minha carta de demissão. Que foi aceite com normalidade pelo meu superior, mas com surpresa. O mesmo não posso dizer pelos meus colegas e, sobretudo, pelo administrador. De tal modo que no fim de tarde/noite que fui entregar a carta ao escritório dei de caras com um colega de sales que passou as 4h30m seguintes a "negociar" comigo. Apresentando-se ora como amigo, ora como desconhecido, ora como "nem gente", ora como alguém a ganhar muito com isto tudo. E com túlipas e petiscos á mistura. Num período em que é difícil encontrar emprego e fácil despedir, nunca pensei que fosse preciso tanta politiquice para alguém se demitir.
No início desta semana recebo novo telefonema com indicativo +44. Corro fora da sala em que me encontrava e atendo a chamada no meio da rua. Do outro lado um senhor responsável pelo processo de Buenos Aires. Explicou-me do que se tratava, que não fugia daquilo que me tinha sido dito antes por mail, mas desta vez referiu o vencimento. Trata-se de pouco menos que o novo contracto que acabei de assinar. Como ele próprio me disse, isto não se trata de algo para me tornar rico.
Consultei o site da empresa que confirmou de certa forma o que me foi dito. Que trata-se de uma empresa multicultural sedeada em Buenos Aires que produz soluções directamente para uma grande empresa de SW internacional. When I say big...I mean BIG! Fiquei a pensar se seria uma aposta errada, visto o projecto a que me destino (em Portugal) ser algo certo, seguro e muito interessante em termos de carreira. E também porque não posso confiar num projecto que alguém overseas me oferece fazendo querer que é uma oportunidade única para estar na primeira linha. É apenas o trabalho dele.
Consultando na Web recordei a crise económica que a Argentina passou em 2001, que tinha lido em jornais e visto em notíciários e que confundira com Venezuela várias vezes. A moeda, o peso AR$, desvalorizou 70% face ao dólar nesse ano. Ou seja, é uma moeda que vale pouco mais que 20 euro centimos! E, agora que aproveitei para consultar, tem vindo em queda desde á pelo menos 5 anos.
Não se trata mesmo de ficar mais rico, até pelo contrário. Mas depois de ter consultado o ordenado mínimo de um Argentino (539pesos ou 110€) e de um trabalhador da minha área (800pesos ou 163€) e de constatar que o vencimento que me estão a propor é várias vezes superior, não me parece uma oferta assim tão má.
Depois encontrei também uma conceito que todos ouvimos falar para casos como a Índia mas que não me tinha apercebido da real escala. Trata-se do Offshore Outsourcing. Onde temos como países envolvidos nações como o Brasil, Israel ou mesmo a Polónia. No meu caso julgo que é mais parecido com um caso de Offshore software R&D.
Temos os mesmos produtos ou serviços com a mesma ou melhor qualidade efectuados em países com moeda fraca e grandes dificuldades económicas. Trata-se, portanto, de um excelente negócio para as empresas envolvidas. Mas não tanto para os trabalhadores.
Caso estejam a oferecer o mesmo vencimento aos outros elemento que irão formar a equipe (Ingleses ou mesmo Chineses) então isto tudo torna-se anedótico.
Por isso, encontro-me num processo de despedimento confuso seguindo para outro projecto e tendo no meio um processo de recrutamente confuso. Nada está ou pode estar decidido. Até por ainda tenho de ter uma entrevista telefónica com o cliente Argentino, seguido de um teste prático. Mas desta vez tudo pode ser feito sem sair de casa. Do mal o menos...
PS - Uma nota muito especial para o blogger, que conseguiu falhar o post e perder os meus últimos parágrafos. Parece que o autosave serve apenas para eu julgar que não tenho de fazer backup num notepad á parte.
sábado, 17 de maio de 2008
News Flash (Part 1)
Depois da desilusão de ver o teste cancelado na véspera de partir para Londres, vieram as férias.
Posso dizer que Lodres mostrou-se exactamente como imaginara. Excepto num ponto. Não tem muitos edifícios altos, o que parece incrível numa cidade de 7 milhoes de habitantes. Nas ruas, nos transportes, vi grandes aglomerados de pessoas mas não em quantidades muito diferentes daquelas que encontramos em Lisboa a uma hora da ponta. Isto tudo por causa da grande rede de transportes públicos que têm atrazos mas também vias alternativas.
As pessoas são simpáticas e prestáveis a ajudar, coisa que que quando saí do avião não esperava encontrar.
A noite, perdão, o lusco-fusco é uma corrida de 100m. Muito enérgica... e curta. As pessoas são caladas durante o dia, e barulhentas na noite. Parece que guardam, enchem-se de frases de dia para as despejar ao fim da tarde num pub qualquer de um modo a qualquer um ouvir.
Ao partir, não fiquei com mais vontade de voltar do que a que tinha antes... que não era pouca.
Nas semanas seguintes segui com atenção os anúncios do Gumtree e fui enviando candidaturas. Algumas caíram em saco roto outras tiveram respostas como esta:
O facto de ter estado com uma entrevista marcada durante um mês e ver tudo ser cancelado 2 dias antes tropeçava nas minhas ideias com mais força depois de ler este tipo de respostas. Eu estive disponivel e esperei para nada... e agora com 2 respostas simultâneas não tinha mais nada a propor a não uma entrevista telefónica primeiro. Não tive resposta.
Em inícios de Abril as coisas com uma das empresas de Portugal que tinha iniciado processo de recrutamento em finais de Janeiro sofreram um desenrolar... para mais do mesmo. Marcou-se mais uma entrevista com outros senhores com vista a outro processo completamente diferente daquele que me levou a um cliente que por sua vês nunca mais se decidiu (ufa!). Confuso?! Não é para menos.
Em meados de Abril, recebi um mail dando a conhecer uma oferta de emprego diferente daquilo que estava a procura. Tratava-se de um pedido semelhante ao que recebi uns meses antes, quando me pediram CV com um formato Pro-UK, vindo de uma agência de recrutamente mas já com uma proposta específica associada. Tratou-se de um pedido para nada mais nada menos que... Buenos Aires, Argentina.
A proposta refere viagem paga, alojamento pago por um período negociado, qualquer situação burocrática resolvida (como visto de trabalho e conta bancária) e seguro de saúde. Isto parece umas férias! A minha primeira reação foi de espanto e extase. Cinco minutos depois pensei que não era possível proporem tanto para um perfeito desconhecido de um país modesto. Fiquei a pensar que seria um truque para arranjar mais uns quantos CVs para a base de dados. Respondi ao mail acreditanto que não receberia qualquer resposta no futuro.
Posso dizer que Lodres mostrou-se exactamente como imaginara. Excepto num ponto. Não tem muitos edifícios altos, o que parece incrível numa cidade de 7 milhoes de habitantes. Nas ruas, nos transportes, vi grandes aglomerados de pessoas mas não em quantidades muito diferentes daquelas que encontramos em Lisboa a uma hora da ponta. Isto tudo por causa da grande rede de transportes públicos que têm atrazos mas também vias alternativas.
As pessoas são simpáticas e prestáveis a ajudar, coisa que que quando saí do avião não esperava encontrar.
A noite, perdão, o lusco-fusco é uma corrida de 100m. Muito enérgica... e curta. As pessoas são caladas durante o dia, e barulhentas na noite. Parece que guardam, enchem-se de frases de dia para as despejar ao fim da tarde num pub qualquer de um modo a qualquer um ouvir.
Ao partir, não fiquei com mais vontade de voltar do que a que tinha antes... que não era pouca.
Nas semanas seguintes segui com atenção os anúncios do Gumtree e fui enviando candidaturas. Algumas caíram em saco roto outras tiveram respostas como esta:
Thanks for your application. Currently I am needing people to interview immediately for this role so it would be a bit difficult with the fact that your not in the UK currently.
Are you planning on coming over here at any point?
O facto de ter estado com uma entrevista marcada durante um mês e ver tudo ser cancelado 2 dias antes tropeçava nas minhas ideias com mais força depois de ler este tipo de respostas. Eu estive disponivel e esperei para nada... e agora com 2 respostas simultâneas não tinha mais nada a propor a não uma entrevista telefónica primeiro. Não tive resposta.
Em inícios de Abril as coisas com uma das empresas de Portugal que tinha iniciado processo de recrutamento em finais de Janeiro sofreram um desenrolar... para mais do mesmo. Marcou-se mais uma entrevista com outros senhores com vista a outro processo completamente diferente daquele que me levou a um cliente que por sua vês nunca mais se decidiu (ufa!). Confuso?! Não é para menos.
Em meados de Abril, recebi um mail dando a conhecer uma oferta de emprego diferente daquilo que estava a procura. Tratava-se de um pedido semelhante ao que recebi uns meses antes, quando me pediram CV com um formato Pro-UK, vindo de uma agência de recrutamente mas já com uma proposta específica associada. Tratou-se de um pedido para nada mais nada menos que... Buenos Aires, Argentina.
A proposta refere viagem paga, alojamento pago por um período negociado, qualquer situação burocrática resolvida (como visto de trabalho e conta bancária) e seguro de saúde. Isto parece umas férias! A minha primeira reação foi de espanto e extase. Cinco minutos depois pensei que não era possível proporem tanto para um perfeito desconhecido de um país modesto. Fiquei a pensar que seria um truque para arranjar mais uns quantos CVs para a base de dados. Respondi ao mail acreditanto que não receberia qualquer resposta no futuro.
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