23-01-2009.
Telefono para o número do bed and breakfast que me foi fornecido e combinamos uma hora para conhecer a casa.
Apanho o 38 até Holborn. E vou na Central line até Notting Hill gate. Ao sair neste admirável mundo novo sigo as indicações do caderno Moleskine que me custou os olhos da cara. Mesmo assim não evito andar perdido por momentos. Fachadas imaculadamente brancas com ferraris, mazerattis, e um mustang clássico à porta.
Apanho o 38 até Holborn. E vou na Central line até Notting Hill gate. Ao sair neste admirável mundo novo sigo as indicações do caderno Moleskine que me custou os olhos da cara. Mesmo assim não evito andar perdido por momentos. Fachadas imaculadamente brancas com ferraris, mazerattis, e um mustang clássico à porta.
Toco e surge uma senhora idosa com uma postura muito clássica. Passava perfeitamente por sósia de Margaret Thatcher.
A casa parece não ter paredes. Apenas quadros, molduras, fotografias. Paredes forradas a quadros de crickett, fotos de família. Pede-me para aguardar por momentos. Minutos depois sai um senhor que julgo ser o médico. Entro na cozinha/sala e na tv (sim, não é gralha) passa a BBC radio. Música clássica aos berros que dificultou o diálogo.
Sentámo-nos na mesa de jantar e fico a saber que teve uma empregada portuguesa durante 20 anos que agora adoeceu. "Now I have a Philipine." - diz.
Respondo-lhe à pergunta incómoda do emprego. Digo-lhe a verdade. Que estou a procura. Que não devo ter problemas em arranjar nesta área. Fico a saber que não poderei ficar no quarto por um mês como falado. Mas apenas por duas semanas até 16 de Fevereiro.
O filho entra na sala. Um homem nos seus 30s que parecia vindo de cascais. Só faltou o cabelo estilo cão de água com risco ao lado.
Sigo o senhor escadas acima e é-me apresentado o quarto. Simpático mas parecia que estava a ver tudo a preto e branco. O quarto é saído de um filme de época. Onde as empregadas vestiam-se todas de igual e os senhores andavam de chapeu alto e cabeleira na rua.
O telemovel toca. Número inglês, só pode ser emprego. Atendo. Perguntam-me se é mal altura. Olho alarmado para o homem e digo que neste momento estou numa reunião. Para me telefonar dentro de 20minutos.
Aquecimento, ok. Enorme janela para ver as mansões dos visinhos... Wc com porcelana antiga mas limpa.
Descemos as escadas e o filho despede-se da Sra dizendo que está com pressa. Segue pelo corredor rumo á porta. Fico sem tema de conversa e a Margaret diz-me com um sorriso simpático "Quer que o meu filho lhe faça companhia?" (não me recordo das exactas palavras mas sei que fiquei embasbacado por ela estar basicamente a mandar-me embora daquela forma). Pergunto-lhe se temos tudo acordado. Sim. Então siga.
À porta o filho pergunta-me se conheço a zona. Dá-me indicações para o tube e para os cafés mais próximos. Preciso de um sitio calmo para atender a chamada.
Sentámo-nos na mesa de jantar e fico a saber que teve uma empregada portuguesa durante 20 anos que agora adoeceu. "Now I have a Philipine." - diz.
Respondo-lhe à pergunta incómoda do emprego. Digo-lhe a verdade. Que estou a procura. Que não devo ter problemas em arranjar nesta área. Fico a saber que não poderei ficar no quarto por um mês como falado. Mas apenas por duas semanas até 16 de Fevereiro.
O filho entra na sala. Um homem nos seus 30s que parecia vindo de cascais. Só faltou o cabelo estilo cão de água com risco ao lado.
Sigo o senhor escadas acima e é-me apresentado o quarto. Simpático mas parecia que estava a ver tudo a preto e branco. O quarto é saído de um filme de época. Onde as empregadas vestiam-se todas de igual e os senhores andavam de chapeu alto e cabeleira na rua.
O telemovel toca. Número inglês, só pode ser emprego. Atendo. Perguntam-me se é mal altura. Olho alarmado para o homem e digo que neste momento estou numa reunião. Para me telefonar dentro de 20minutos.
Aquecimento, ok. Enorme janela para ver as mansões dos visinhos... Wc com porcelana antiga mas limpa.
Descemos as escadas e o filho despede-se da Sra dizendo que está com pressa. Segue pelo corredor rumo á porta. Fico sem tema de conversa e a Margaret diz-me com um sorriso simpático "Quer que o meu filho lhe faça companhia?" (não me recordo das exactas palavras mas sei que fiquei embasbacado por ela estar basicamente a mandar-me embora daquela forma). Pergunto-lhe se temos tudo acordado. Sim. Então siga.
À porta o filho pergunta-me se conheço a zona. Dá-me indicações para o tube e para os cafés mais próximos. Preciso de um sitio calmo para atender a chamada.
Entro numa cadeia de cafés mundialmente conhecida, em que o nome começa por estrela e acaba com...guito no final. Guitos de estrela numa tradução livre e descomprometida. Não ha uma única mesa disponível. Saio e vejo ao fundo outra cadeia mundialmente conhecida por vender hambúrgueres de elevado teor de gordura. Entro e peço a sande de coirato acompanhada com a mini lá do sitio. Coloco o telemóvel em cima da mesa para ser mais rápido a atender a chamada, como no faroeste. Acabo a refeição e nada. Fico mais uns minutos e nada.
Saio e sigo sem sentido pelas ruas esperando ainda ir a tempo de tirar uma ou outro foto que preste. Vejo uma igreja ao longe com o sol a por-se. Puxo da máquina e preparo-me para disparar. O telemovel começa a tocar. Apresso-me para o agarrar mas ele esta bem preso no fundo do bolso do sobretudo. Finalmente agarro-o e atendo... fora de tempo. Grito palavras tipicamente portugueses que são oportunas nestas alturas. Não tocou muito tempo. Só o tempo suficiente para me deixar frustrado.
Tiro mais umas fotos. Nenhuma que preste. E fico alguns minutos a olhar para as ruas arranjadas. Como seria um sonho viver aqui. Como vai ser um inferno viver numa casa de hábitos tão formais... e ainda pagar por isso.
Regresso a Piccadilly Circus apanhando o 49. Vejo o ao meu lado hyde park. Atrás de mim alguém come fritos mailcheirosos e ouve hipopalhada. Ahhh, é como estar em casa.
Chegado a Piccadilly perco-me nas ruas, tenho tempo. E dou por mim em Chinatown.
Dentro de poucos dias começa o ano Chinês. Celebrado por várias zonas da cidade. Quando é que o meu novo ano começa?
Dentro de poucos dias começa o ano Chinês. Celebrado por várias zonas da cidade. Quando é que o meu novo ano começa?
[Novidade]
Regresso a casa desanimado. Tento focar-me nos pequenos problemas mas só consigo ver o conjunto. Tou na M***! Mas ia ficar pior. Quando descubro que o lugar onde me sentei levou um banho de batido. E que o sobretudo esta cagado (o drama...o horror). A única peça que não podia sujar. Não sei como fico surpreendido. Já devia de saber desde os tempos de faculdade que "se algo pode correr mal, correrá. E na pior altura possível...".
Murphy dum CAR*****.
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