Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better. Samuel Beckett

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Monty Python are no more


Fiquei eufórico quando li esta notícia. Mas depois fiquei deprimido por me lembrar o que acontece em situações destas. Todos os grandes comediantes deste mundo e do outro (a contar com os nossos Gato Fedorento) vão estar batidos no Playhouse Theatre em West End quando os Monty Python se juntarem pela primeira vez em 15 anos. E juntamente com eles todos os pseudo-intelectuais, empresários e respectivas meretrizes...e todos aqueles que, não tendo qualquer interesse, têm de la estar para dizer na próxima tertúlia, ou board meeting o espectacular que foi. Tendo como prova a palavra do ano.

Amanha vão fazer uma conferência de imprensa a anunciar o seu primeiro projecto juntos depois do filme "Meaning of life" em 1983.

O que é já por si um acontecimento visto Cleese ter afirmado há 10 anos que juntar a maioria deles numa sala era impossível. Quanto mais fazerem um espectáculo juntos.

Resta agora saber se, agora com mais de 70 anos, os Monty Python o vão fazer por saudade...ou pelo dinheiro.

Mas nem todos vão poder estar presentes. Graham Chapman (o messias) deixou de nos fazer rir em 1989 vítima de cancro. Não sei se ele concordaria com este regresso. Mas sendo este o princípio do fim dos Monty Python não podia deixar de me lembrar do serviço fúnebre de Chapman. What a way to go.

domingo, 10 de novembro de 2013

Lidar com a adversidade the british way - Uk Storm

Se estiveram atentos as noticias foi difícil não ouvir falar da tempestade que ia atingir o reino unido. Os meteorologistas veteranos falavam de uma forma quase erótica da tempestade e de como era extraordinário os modelos computacionais de hoje conseguirem prever algo tão aleatório com tanta precisão. Ao ponto de, 4 dias antes, conseguirem avisar todos e executarem os planos de alerta.

E acho que, também, é numa situação destas que se vê como Portugal está a anos luz de Inglaterra. Não se facilitou. Fecharam grande parte das linhas de comboio do sul (para desespero dos passageiros) e aconselharam as pessoas a só sairem se fosse mesmo necessário e a levarem sempre consigo um telemóvel com bateria cheia. Coisas simples de senso comum. Mas que acho que preveniram o que podia ser muito mais do que as quatro fatalidades diretamente relacionadas que tiveram . Muitas empresas já têm planos e processos para situações destas (ou, por exemplo, para uma greve geral) e muitos trabalhadores da city têm possibilidade de trabalhar remotamente a partir de casa.

Quando soube do tamanho da fila que a estação de metro de balham tinha...não arrisquei e fiquei a trabalhar a manhã em casa. Tendo em mente que ao entrar na estação temos 2 lances de escadas seguidos de escadas rolantes e só depois a plataforma...é de loucos pensar que vale a pena ficar numa fila de uns 50 metros fora da estação (nas duas entradas)...
Aqui acho que se vê também alguma determinação dos Ingleses (ou, neste caso Londrinos) em chegar ao trabalho apesar da adversidade. Em Portugal tenho a sensação que a menor greve é desculpa para se chegar 3h atrasado ao trabalho...porque não sair 2h mais cedo?
(Reparem na fila. Não são 5 filas amontoadas. É mesmo uma fila indiana!)

E enquanto tinha a tv ligada para me por a par de como as coisas decorriam vi este maravilhoso momento.

Um grupo de voluntários (ou não), que costumam estar na entrada das estações a pedir donativos, vestidos de tigre a rir para a camara. Eles também se viram negros para chegar ao destino e mesmo assim de bom humor!

E esta história fez-me lembrar a forma como vi as cheias em 2012...ou até o Blitz.
As cheias de 2012 abriram telejornais em Portugal. Biliões de libras por água abaixo. Quintas destruídas. Gado afogado. Vidas perdidas. E lembro-me de ver camponeses a serem entrevistados pelos jornalistas sem choramingar. Sem berros do "perdi tudo!". E sem nunca...NUNCA ouvir "o estado tem de fazer alguma coisa por nós.". Não sei se o governo apoiou esta gente. Mas lembro-me de as seguradoras (estes camponeses asseguram os seus negócios, já viram!?...a loucura) tentarem fugir com o rabo à seringa dizendo que não cobriam "actos de Deus".

Se os Portugueses se gostam de gabar de terem inventado o "Desenrascanço". O Inglês definiu Resiliência. E não o foi só hoje. Lembro-me de ter visto um cartoon dos tempos da segunda guerra mundial onde se retratava londres a arder e bombas a cair... e dois idosos de chapéu a beber chá e a comentar "parece que vem praí um tempo terrível no fim-de-semana". Claro que é uma caricatura mas descreve perfeitamente o Londrino na finest hour. O inferno por todo o lado e eles a comentar coisas mundanas porque a vida continua.
E isso ainda hoje se vê quer nas cheias de 2012 quer na tempestade deste ano. Cinquentões a mergulhar no mar revolto. Jovens a fazer canoagem na sua high street. Velhos a beber chá na rua de galochas.
Exemplos para o mundo.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Não precisamos de mais Portugueses


Fervi quando vi este artigo. Mais um artigo fatalista, piegas e demagogo que os média Portugueses nos esfregam na cara todos os dias. O assunto emigração é vendido como um 8 (esta geração de "cérebros" a fugir de um País que "os atraiçoou") ou 80 (a investigadora X que trabalha com o novo prémio nobel da medicina, ou o designer Y que é candidato ao "Nobel" do design gráfico). É uma cruz que "os nossos gobernantes" nos obrigam a carregar...ou uma galinha de ovos de ouro onde o emprego, reconhecimento e qualidade de vida é de graça. Reflete um pouco uma sociedade pouco madura que só consegue ver as coisas a preto e branco.

Será que ficamos mais pobres por termos uma população estagnada nos 10 milhões? Por sermos um país pequeno?
Somos um país pequeno.
Somos pobres.
Logo todos os países pequenos são pobres?

Querem exemplos de países "pequenos" que invejamos?
Finlândia: 5.4milhões
Suíça:8milhões
Dinamarca:5.4milhões
Luxemburgo: 538 mil!

Vamos olhar para estas últimas décadas. O nosso problema é sermos apenas 10 milhões?
Nós não precisamos de mais Portugueses. Precisamos de Portugueses MELHORES! Estes 120mil/ano emigrantes não morreram, não desapareceram. Foram à procura de emprego e de uma vida melhor que permita sustentar filhos e até reinvestir dinheiro na economia Portuguesa sempre que regressam de férias (ou até permanentemente trazendo todas as poupanças).
O que é melhor? Um milhão no desemprego em Portugal (com gastos em subsídios e saúde) ou umas centenas de milhares empregados que foram construir carreira "lá fora" (com custo zero para o contribuinte tuga)?

Desenganem-se quem diz que quem fica o faz por Patriotismo. Que não "escolheu" o "caminho fácil" da emigração, porque "o amor também conta".
Quem está no desemprego é que não está, certamente, a contribuir para o crescimento.


Por outro lado podem pensar "sim, mas tens de ver que o problema não é sermos só 10M...mas termos cada vez menos nascimentos". É verdade que menos nascimentos significa menos futuros contribuintes para manter este sistema de pensões (que vai falir na próxima década, não se enganem). Será mesmo? Será que a maioria das pessoas que protesta na rua contribui o suficiente para a despesa que causa ao estado (saúde, educação, reforma)? Se todos ambicionasse-mos a escolaridade mínima, o ordenado mínimo. Acham mesmo que seria sustentável? (Façam este exercício. Imaginem um casal com dois filhos com o ordenado mínimo. Somem os subsídios que lhes são oferecidos devido aos seus rendimentos. As regalias, como não pagar manuais escolares ou alimentação nas escolas (se é que isso ainda acontece). E agora verifiquem as tabelas de IRS e subtraiam os custos de aluno numa escola...ou mais interessante, de dois filhos numa faculdade pública (de preferência a tirar um curso sem empregabilidade). Os custos de manter hospitais, centros de saúde e saneamento básico. E vejam se os impostos que esse casal paga por ano...cobrem a despesa.).

(preparem-se que isto agora vai dar uma volta...pode parecer louco à primeira lida...mas vão com calma..)

Segundo esta notícia (e outros comentários fatalistas) podemos pensar que quanto mais nascimentos mais crescimento económico e social...o que vai de encontro com a historia da revolução Romena...

Era uma vez um país do leste europeu chamado Roménia. Que tinha como lider o comunista Nicolae Ceaușescu. Até que em 1966, com as finanças a derrapar, Nicolae proibiu o aborto e métodos contraceptivos, criou impostos para quem não tivesse filhos e criou um generoso esquema de subsídios para quem os tivesse. Mães com cinco ou mais filho receberiam boas quantias do estado e mães com dez ou mais seriam consideradas "mães heroínas". O princípio era quantos mais putos mais operários no futuro! Kerching!
Estudos revelaram que as crianças "indesejadas" que nasceram nesse ano tinham mais probabilidade de ter fraca performance nos estudos e emprego. E, consecutivamente, render-se ao crime.
Em 1989 uma repressão assassina de um protesto em Timișoara resultou num revolução e destronou o regime de Nicolae...assassinou-o no dia de Natal. Curiosamente 23 anos depois da implementação do decreto 770. Justamente quando os filhos "indesejados" eram agora adultos com uma arma nas mãos. E o resto é história. Um país minado pela corrupção e crime. Onde crianças são usadas como activos no rentável mercado dos pedintes.
"Mas foi a miséria, repressão e falta de liberdade e prosperidade que causaram essa revolta!" Provavelmente. Mas será que foram essas as razões para o crescente de crimes e máfias que se seguiu?

Sempre que há um novo caso de um crime horrendo. Sempre que se fala de um psicopata. Há um padrão comum:A infância. Os primeiros 3 anos de vida são críticos para a formação de uma pessoa. A falta de atenção e carinho nesses primeiros 3 anos causam sequelas irreparáveis.


Dito isto: será que o aborto pode ser responsável pela quebra de crime violento no futuro?

Em 2001 dois economistas americanos fizeram essa pergunta num estudo. E afirmaram que "os dados" dizem que sim. Eles apresentaram o caso que referi acima para reforçar a ideia oposta.


É famosa a crescente de violência nos estados unidos durante as decadas de 70 e especialmente 80. Que era especialmente elevada em Nova Iorque. Isso foi retratado em inúmeras series e filmes como o Taxi Driver (para ser honesto, eu só tomei conta desta realidade pelas tartarugas ninja.).
(1980 Metro de NY - Polícia à paisana a "prender" assaltante...que estava a tentar assaltar o fotografo...que estava a servir de isco - Bruce Davidson - Magnum)

Mas depois no início dos anos 90 o crime violento começou a baixar drasticamente. Vários tentar arranjar uma desculpa...especialmente quem queria ganhar eleições (como o mayor Rudolph Giuliani). O estranho é que antes disso especialistas da polícia tinham dito que o crime ia piorar cada vez mais. Seria a pior década de sempre. Mas com o inicio da década de 90 e os assassínios a baixaram 55%...tornou-se difícil arranjar explicações. Vários estudiosos tentaram arranjar explicações (cada um a tentar puxar a brasa à sua sardinha) quer fosse nas novas estratégias de policiamento, penas de prisão mais pesadas, combate à droga, controlo de armas, mais agentes da polícia ou simplesmente crescimento económico.

E foi aqui que John J. Donohue da univ de Yale e Steven Levitt da univ de Chicago entraram. E começaram por atribuir valores a cada uma das possíveis explicações. E chegaram à conclusão que todas as explicações só explicavam metade dos resultados. Mas, então onde estão os outros 50%?

Em 1973 a decisão judicial Roe V. Wade abriu porta para a legalização do aborto em todos os estados (até então eram apenas 5). Precisamente o oposto do que aconteceu na Roménia em 66. Levitt defende que esta é a principal razão para o decréscimo de crime nos anos 90: Toda uma geração de filhos "indesejados" (potenciais criminosos)...nunca nasceu.

Pode parecer uma explicação simplista (especialmente com tantos factores diferentes como opressão, repressão ou crescimento económico) mas eu acredito que o estado social (principalmente o inglês) vive refém de "filhos indesejados". Vejo demasiados casos em que adolescentes ficam grávidas e optam por ter o filho porque isso é uma garantia de casa e rendimento mínimo (bem acima do que receberiam a trabalhar no cabeleireiro) por longos anos. Quanto mais filhos mais rendimento. Mas basta falharem os princípios básicos de carinho e educação nos primeiros anos e dentro de 20 anos teremos uma nova geração de pais adolescente e desempregados (curiosamente um caso que está a ser investigado agora, e que causou os motins de 2011, foi o de um "jovem" desempregado com 5 filhos procurado pela interpol). A um ritmo bastante acima daqueles casais que tentam planear e ter filhos cada vez mais tarde. Que significa que por cada filho num ambiente estável, teremos sempre várias crianças num ambiente desestruturado. E todos os subsídios e apoios, parece-me, são como apagar um fogo como gasolina.
Sei que é perigoso dar demasiado poder ao estado. Não digo que tenhamos de ser uma china e ter de impor taxas de natalidade a alguém. Mas é importante desincentivar filhos "indesejados".

Portugal está a passar um momento difícil. Com as finanças a derrapar mais ainda e com uma inflacção que estará ao virar da esquina é fácil ficar assustado com uma população envelhecida. Mas são exemplos como os da Roménia de 66/99 que me levam a crer que: Não precisamos de mais Portugueses. Precisamos de melhores.


PS- Estes casos são retirados do livro Freakonomics que só ouvi falar recentemente da boca de alguém que estava na mesa ao lado no café (sim...um tremendo acaso). Quando vi todo o alarido à volta do livro fiquei com vontade de o comprar...mas achei melhor ficar à espera do filme. Que curiosamente existe.
PS2-Concordando ou não...o que importa é pensar e discutir. Ficar parado a absorver as mesmas notícias todas as semanas não serve para nada.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Dia de alguns Santos


Com o chegar desta época começo a ver nos canais Portugueses todos os sinais de uma cultura fraca. Lembro-me de, enquanto criança, ir por estas alturas bater às portas dos vizinhos e gritar:
- Bolinhos, bolinhos em louvor dos seus santinhos.
- Quê
- Pão por deus!
- Quem?
Isto no Cacém...ninguém sabia o que o 1 de Novembro significava. Ninguém ia limpar as campas, lembrar os seus mortos. Era apenas mais um feriado.
Quando ia à beira baixa já era diferente. Os vizinhos que nem me conheciam davam-me chocolates, merendas (as tipo bolo (típicas da época), não as que encontramos nos supermercados), trocos ou até "papos-secos". No fundo o mesmo que na noite anterior se fazia do outro lado do atlântico. O mesmo princípio do trick or treat.
Os anos passaram e nunca mais ouvi pedirem "pão por Deus". E deixa-me lixado ver hoje tanta gente a celebrar o Halloween (até a fazerem Jack-o-lanterns e a mascararem-se) ignorando completamente a nossa cultura. Que povo triste é o nosso que importa tudo o que (não importa e) é de fora e esquece uma tradição com muito mais significado. E isso vê-se perfeitamente visitando um cemitério como o do Alto do São João e comparando com o de uma aldeia pequena do interior. Eu vi campas completamente pretas e cheias de musgo no de lisboa que nunca ia encontrar num cemitério no interior do país. E isto porque é tradição no dia de todos os Santos irem limpar as campas e colocar flores...e não dar um passeio a Espanha.

Pois hoje acordei com uma série de malta (muito) trabalhadora a queixar-se no facebook que não era feriado. E lembro-me de um sindicalista ter referido que se suspendermos os feriados "o povo" esquece-se do seu significado. Ora...eu não preciso de mais provas de que o povo nunca soube o significado do dia 1 de Novembro enquanto feriado. Será que removendo um feriado com mais significado pode condena-lo ao esquecimento?

Vamos ver, por exemplo, o dia 11 de Novembro no Reino Unido. O chamado Remembrance Day em que às 11h conseguimos ver nas ruas de Londres malta a parar e a sair dos carros para fazer um minuto de silencio em memória de quem caiu nas grandes guerras (cheguei a estar num metro que ficou parado na plataforma por isso mesmo). Não é feriado mas ninguém esquece.
"Pois mas isso é apenas um feriado...a nós roubaram-nos quatro!"...
O Halloween NUNCA foi feriado.
Dia 5 de novembro celebra-se o dia em que o Guy Fawkes (aquele da mascara dos anonymous) falhou ao tentar rebentar com o parlamento em Westminster...é um dia celebrado durante praticamente um mês com fogo de artificio por todo o país. Não é feriado.
A rainha festeja o aniversário com tiros de artilharia...não é feriado. (é, de certa forma, o dia nacional da Grã-Bretanha).
O dia nacional de Inglaterra! O dia de São Jorge não é feriado!

No entanto, em Portugal, os tugas queixam-se (mais uma vez) da injustiça de mais um roubo. Será mesmo? Ou será que este foi o primeiro dia de trabalho depois de décadas em que os Portugueses roubaram nos feriados? É linda esta hipocrisia portuguesa de comparar tudo com "lá fora" (os apoios do estado, os ordenados mínimos) mas só para o que lhes interessa...
Lembro-me de ter visto artigos sobre como Portugal se tinha tornado um do países com menos feriados...e todas as décadas em que foram entre os que mais feriados tinham? Isso não conta?
(reparem na hipocrisia destes artigos. Que não só não contam com o carnaval (que nem é feriado e continua a ser gozado) como não contam com as "pontes" sobres os feriados que não existem... )

Provei acima que acabar com um feriado não o condena ao esquecimento. Se, em Portugal, temos o dia de Camões...nunca ninguém se questionou porque os Ingleses não têm o feriado do Dia do Newton, Shakespeare, Darwin, Dickens, Chaplin....?
E em portugal ainda estamos a celebrar o dia de Assunção de Nossa Senhora? Santa paciência...

Como ja disse antes...é uma questão cultural. Não vai lá com decreto de lei...

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