Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better. Samuel Beckett

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Propraganda ... triste

Acabei de ver algo no caporfora o que é provavelmente o videoclip mais tanso que tive a oportunidade de ver. No entanto no que toca a rolicedo estamos bem. Por isso impõe-se que o publique em sede própria.



Hum...fico a pensar no que rodeia J. nestes tempos...

PS- Sim...eu sei que Russo não é Polaco...Mas uma Polaca é na generalidade russa.

Relieve




Depois das Sagres que bebi durante o jogo do Benfica passo depois a torcer para que ninguém me faça um susto duranto o caminho para casa... não me quero mijar na rua!
Feliz-me Old St tem um mijadouro (daqueles como nos festivais) mesmo em Old St. Junto ao "monstro do lixo" da rua sesamo. Isto sim é qualidade de vida.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cheers!

Pontos da Semana

Downs da Semana:
A Lata de Sardines no tube as 8am.

Ups da Semana:
As mini-saias de Inverno.

Momento alto do dia




O momento alto do dia foi depois de sair as 18h (finalmente) ir até ao National Portrait Gallery e ficar impressionado com esta descoberta. O autor não me parece que seja conhecido dos apreciadores de "arte" que admiram com cegueira o que viram nos manuais de história de arte. Mas que dá uma valente tosa a qualquer quadro de miró. Tem trabalho. Tem contexto. Tem visão. Tem obra!

PS - A fotografia não tem o contraste que merece. E isto não é como Mona Lisa. Tem mesmo de ser visto em tamanho real pra melhor admirar.
PS - Quando tiro foto com o telemóvel para guardar o nome. Uma funcionária aproxima-se de mim dizendo que não posso tirar. Acho ridículo mas tendo explicar com sorrisos que só estou a tirar ao nome para me recordar. Ela sorri e diz que tem de me reprender perante a CCTV. Se não o fizer é despedida na sala ao lado. "Se tirar sem eu ver não ha problema. Aproveite para tirar agora". Gostei.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

I did it! I Fu@#ing Did IT!

Respondi a um anúncio no gumtree no Domingo. Tenho resposta imediata na 2f, para marcar entrevista na 3f,4f ou 5f. Marco para a 4f para ter tempo para me preparar mas recebo de novo uma resposta pedindo exemplos de código que tenha feito.
Começo a entrar em pânico. A maioria do código ficou no cliente e mesmo assim nenhum desse código faz qualquer sentido sem que seja mostranda a aplicação a funcionar explicando a complexidade do problema e não apenas a simplicidade da solução.

Consigo arranjar um emaranhado de ficheiros mas que é um autêntico quebra cabeças para explicar. Começo a pensar em enviar também uma pequena aplicação que tenho feito nos últimos meses. Mas que quando vou pegar nela começa a mostrar o seu corte e costura. Tento resolver os bugs, deito-me. Acordo 5h depois. Tento novamente o dia todo. E so mesmo no final de 3f é que consigo enviar finalmente a aplicação. O código não está muito bem estroturado mas ao menos consegue mostrar a ideia da aplicação. Como uma prova de conceito.

Revejo algum do código. Leio mais sobre a empresa. Tiro notas. E vou dormir para acordar as 7h. Faço-o para não interferir no horário dos meus house mates mas acima de tudo para chegar 1h mais cedo ao local da entrevista. Para não haver qualquer stress.
Chego a Canary Wharf e tenho tempo para evitar o custo do DLR e chegar até à Skyline Village. Que é uma desilusão no meio de prédios enormes e espilhados da alta finança.

Vou beber um capuccino num café que fedia a fritos e abro o portatil. Revejo o código, o meu discurso. Nada pode falhar. Tento controlar-me e dizer frases motivadoras ao meu eu interior.

Toco à porta à hora marcada. Não vejo sala de recepção e sou encaminhado para o piso superior, enquanto o senhor berra lá pra cima "está aqui o entrevistado". No topo das escadas tenho outra pessoa a minha espera de sorriso nos lábios e braço esticado. Vamos para uma sala de reuniões como deve de ser e começa a prova.

Fico a espera de perguntas técnicas ou alguma crítica forte ao código que enviei mas nada. Apenas um "gostei bastante da estrutura do código". Tento mostrar interesse na conversa e na empresa sem por isso atropelar o discurso do entrevistador. Aproveito para aplicar as perguntas que tinha pensado. "Quanto é que a empresa lucrou o ano passado?" "Quanto é que está a prever para este ano?" "Em que mercados trabalha?" "Já pensou no mercado Português?". Aproveito para falar da minha experiência em vários clientes. E mostrar que poderia ser uma ponte para esses e outros clientes em Portugal. Falo também no mercado Angolado. Do rápido crescimento daquele país e que também tenho contactos que estão a trabalhar no mercado Angolano. Poderia ser tudo mentira mas não o era. E o facto de eu estar mesmo interessado no produto daquele empresa facilitou ainda mais as coisas. Principalmente quando começamos a falar da complexidade de alguns equipamentos onde aproveitei para revelar alguns conhecimentos técnicos dessa matéria (um pouco fora da Programação) que adquiri durante o curso.
Fico um pouco desconfiado quando me diz que a empresa tem apenas 5 pessoas. E que seria eu a fazer todo o desenvolvimento aplicacional. Isso sim é um bom desafio. A conversa decorreu com a normalidade acompanhada por bolachinhas e água (pela primeira vez em toda a minha experiência enquanto entrevistado). Saio convencido que não poderia ter corrido melhor. 

Apesar de ele me ter dito que são 5 candidatos, e mesmo que poucos assim, não acreditei. Apenas 3 dias para entrevista todos há mesmo hora. Mas só queria esperar que eu me teria destacados dos restantes. Terei a minha resposta na 2f.

Chego a casa e depois do almoço aproveito para relaxar. Reparo que o meu telémovel esteve sem som várias horas e que tem uma chamada não atendida. Uma mensagem de voice mail. Na mensagem fico sem perceber o nome da agência de recrutamento nem o número de telefone para onde tenho de ligar. Tento várias combinações e com alguma sorte acerto.
Trata-se de uma oferta para um programador web para uma agência de... chauffeurs. Mostro interesse apesar de não o sentir. Vejo alguns mais de oportunidades de emprego e depois começo a ver uma episódio do Heroes. O telefono toca de novo. Atendo a pensar que é a agência de chauffeurs mas do outro lá está uma voz grave que se apresenta dizendo-se da mesma empresa onde estive entrevista de manhã. Começo a temer que a notícia seja que fiquei pelo caminho.
Ele conta-me que ficaram com um problema entre mãos. Que acabaram por ter 2 bons candidados e... neste momento começo a pensar que eu fui quem lerpou... e que queriam ficar com os dois. O ritmo cardíaco acelera ainda mais. Mas que para isso terá de baixar o ordenado. 
Pergunta-me então qual o meu mínimo. Desço 2K do valor que tinham colocado como mínimo na proposta. Sendo que o valor mínimo que diziam no anúncio da proposta seria o valor máximo da margem que achava que poderia ganhar com o meu perfil. 
Diz-me que só pode dar um valor 3.5K abaixo do valor que estava na proposta. Começo a pensar que me estão a en#$#$bar. Que provavelmente não ha outro candidato. Que nem sequer se querem comprometer com o valor mínimo colocado na proposta. Que mesmo assim o valor oferecido não é mal. É 1.5K acima o mínimo que tinha estabelecido para mim. E acabo por dizer que assim torna-se mais dificil mas que se subirem 0.5K eu aceitava imediatamente. Ele diz que vai discutir isso com o outro candidato e que depois torna a falar comigo. Desligo a chamada a pensar que fiz bem. Que bati o pé, apesar de ter cedido mais do que eles em relação ao valor inicial. Que estava a saber negociar.
Mas o tempo começou a passar. 20, 30, 60minutos. E nada. Fico sem perceber porque não me telefonam. Até porque passa das 18h, hora em que normalmente se sai do serviço. E até referiram que queriam que começasse ja no dia seguinte.

Acabo por não agoentar a ansiedade e telefono. Pergunto se tinha percebido mal. Se afinal a resposta viria amanha em vez de minutos depois. Diz-me para esperar mais um pouco. Que continuam a negociar.
Para desviar a mente deste assunto visto-me e começo a calçar-me para ir fazer compras para o jantar. O telefona toca. E do outro lado "acabei de torcer o braço do sr das finanças e podemos oferecer esse valor". Pergunto se posso apenas começar na 2f para tratar de assuntos de embaixada e de banco (tretas). Pedem-me para começar na 6f à tarde. Para conhecer o escritório, ligar o computador, e assinar o contracto.

Aproveito o dia seguinte para ir ao The Nacional Gallery e ao Portrait Gallery. Finalmente Férias.

Amanha será o meu primeiro dia...ou melhor, tarde. Como vai ser depois das 18h? Será que acabo no pub com os meus novos colegas de Pint na mão? Hope so...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Saturday Drinks...

31/02/2009

Vou até Old St, como combinado, pagar um sinal do depósito (100£) do soon to be novo flat. Peço um documento assinado pelo house mate que recebe o sinal para documentar isso mesmo. Ele entrega-me uma cópia do último contracto para eu ter uma ideia de como será o meu.

Vou até um pub em Temple onde M. está a beber uns copos com colegas de trabalho. O Walkabout é um bom spot de origem Australiana. Existem vários em Londres. Bem, so cheguei mesmo a ir a outro em Wimbledon, por isso não sei bem se existem muitos mais (agora que consultei, há 11 só em Londres).
Entro e vejo um salão grande cheio de LCDs a cada metro e um enorme projector. Está a dar um jogo do ManU e CRonaldo acaba de ganhar um livre. Continuo ao longo da sala á procura de M..
M. apresenta-me os seus colegas e amigos que se vão apresentando dizendo o nome que nunca chego a ouvir devido ao ruído das conversas circundantes. É engraçado como os Ingleses são tão silenciosos nos transportes públicos e tão incrívelmente faladores de noite. É como se enchessem o dia todo e descarregassem no pub tudo o que não disseram durante o dia mas para que todos do pub os oiçam!
Vou para cumprimentar a única rapariga do grupo... com um par de beijos claro. Por ter estado estas 2 semanas com família, Italianos e Sul-Africanos fez-me esquecer esta coisa estranha de cumprimentar uma mulher com um solido aperto de mão. Então lá estou eu a esgueirar-me para lhe dar uma beijoca e metenojo da camone a desviar-se esticando a mão contra o meu peito dizendo "thats fine.". Estico-lhe a mão prontamente e envergonhado. E aproveito para a apertar como deve de ser. Se ainda fosse uma mulher bonita. Agora este trambolho velho! Deve ser lésbica, pensei eu.
Minutos depois chega S. amiga de infância de M. que se apróxima para me comprimentar. Dá-me um beijo na face e afasta-se. E eu que me preparava para dar o segundo fico embaraçado de novo e afasto-me. Ela aproxima-se. Eu aproximo-me de novo. Enfim, uma confusão enorme!
Foi bonito o contraste do início da noite da enjoadinha enquanto cumprimentava todos com um aperto de mão, com 2h depois. Quando beijava um como se fosse Francesa enquanto outro lhe apalpava o glúteo como quem lê braille.

Aproveito para ir uns minutos para a rua e á porta um desconhecido pede-me lume. Pergunta-me como está o ambiente lá dentro. Começamos a falar, digo-lhe que sou de Portugal e ele mostra-me o boné que tem preso á cintura. Um boné da selecção das quinas. Diz que adora a equipa. Que torce por ela e que teve pena de perderem o Euro 2004.
Ele e o amigo são Hungaros que vivem e trabalham em Londres á 2 anos. Falamos de goulash e da falsa simpatia dos britãnicos. É muito difícil chegar perto, diz ele. Não como na Hungria. Então porque vieste, pergunto eu. Pelo dinheiro, responde. Sempre pelo dinheiro.

Depois do jogo nos ecrãs, actua uma banda ao vivo. Parece que todos os fins-de-semana é sempre uma banda diferente. Tocou uma nova versão (acústica?) de "Valerie" de Amy Winehouse que tem passado muito nas rádios e quase todo o tipo de covers. Boa música.

Saímos do pub e caminhamos até Trafalgar Square para apanhar o bus. Pelo caminho encontramos um loja de uma cadeia de fast food que está aberta 24h por dia. Está lotada e torna-se moroso fazer o pedido e difícil arranjar uma mesa. Na mesa á minha frente estão 3 sem-abrigo. Um dormita outro termina a sua bebida e outro observa as pessoas que vão entrando. Adolescentes rebeldes com plumas na cabeça e um futuro brilhante pela frente.
Aqui todos comemos merda. Aqui somos iguais.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Too many days whithout laughter...



@Waterloo 13/02/2009

London I love you but...

The Ultimate Rejection Letter

Acabo de receber isto que um amigo me enviou. É a cópia a papel de carvão de alguns (poucos) mails que recebo mas invertendo os papeis. Colocando apenas uma ou duas palavras e o resultado é uma boa ideia para usar num futuro próximo.

Engraçado que só recebo cartas de rejeição para cargos completamente fora da minha carroça. Para os cargos que são cópia do meu CV nunca chego a ouvir nada.

The Ultimate Rejection Letter


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Herbert A. Millington
Chair - Search Committee
412A Clarkson Hall, Whitson University
College Hill, MA 34109

Dear Professor Millington,

Thank you for your letter of March 16. After careful consideration, I
regret to inform you that I am unable to accept your refusal to offer me
an assistant professor position in your department.

This year I have been particularly fortunate in receiving an unusually
large number of rejection letters. With such a varied and promising field
of candidates, it is impossible for me to accept all refusals.

Despite Whitson's outstanding qualifications and previous experience in
rejecting applicants, I find that your rejection does not meet my needs at
this time. Therefore, I will assume the position of assistant professor
in your department this August. I look forward to seeing you then.

Best of luck in rejecting future applicants.

Sincerely,
Chris L. Jensen

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Three weeks and counting

Hoje faz três semanas desde a minha chegada a Londres.

Após ter baixado baterias na caça a flats convencido que ficaria com a casa da minha prima a coisa revelou-se um flop. Por isso o concelho que posso dar é que procurem sempre e tenham contactos mesmo tendo o flat de um amigo em vista. A procura de flat foi muito curta mas intensa. Encontro-me agora no meu single flat perto de Old St. Cobretor na cama e comida no frigorífico. Tudo tem decorrido com naturalidade... excepto a falta de entrevistas.
Todos os dias recebo pelo menos uma chamada telefónica de um agente de emprego que faz sempre as mesmas perguntas e termina sempre a conversa dizendo que terá oportunidades para mim nos próximos dias.

As entrevistas teimam em não surgir. Mesmo quando me candidato para cargos onde apenas pedem alguém acabado de sair da faculdade sem qualquer experiência profissional, como fiz. Recebo uma das (raras) respostas dizendo que não tenho o perfil indicado.

Passei o dia todo á chuva. Primeiro porque comprei um dovet no Argos convencido que era mesmo um dovet (ou edredon). Afinal era apenas a cobertura do dovet e almofada. Para não falar que me enganei no padrão.
O Argos é uma espécie de Pixmania mas para...enfim, tudo. Têm folhetos que são autênticas listas telefónicas, onde o cliente escolhe o produto baseando-se apenas em fotografias. Ditanto depois a referência na caixa. Pagando e dirigindo-se depois para uma fila de espera (que funciona bastante bem graças a um engenhoso sistemas de filas de espera informático) onde lhe é entregue o produto que o cliente nunca viu...mas pagou.
Ora eu escolhi a referência imediatamente abaixo da fotografia. O padrão do dovet agradava-me mas ainda mais o seu preço, 4.89£. Por isso conseguem imaginar a minha cara de desânimo ao olhar para o dovet que é em tudo idêntico ás toalhas de cozinha da minha mãe. Depois tive oportunidade de confirmar que tinha dado a referência errada mas que tinha pago o preço certo. O mais barato. E isso é o que importa.
Depois de regressar a casa também com um extenção eléctrica para fazer aquela falcatrua e assim evitar 6£ pelo adapatador de rede, coloco o portatil a recarregar e torno á rua para nova molha.

Vou novamente ao Argos depois de ter consultado na net exactamente os produtos que preciso. Single Duvet, Mattress Protector (que me servirá para cortar na despesa de lençois...) e Pillows, claro. Despesa:
4 way extension lead 8.89

Single Black Cover S 4.89
Single Duvet 6.79
Mattress Protector 4.89
OverFilled (o tanas) Pillows 5.89
Total para cama : 22.46£

Talvêz conseguisse mais barato se comprasse um conjunto, mas acho que até não foi caro. Viva o Argos e os seus panos de cozinha.

Logo depois do Argos e ainda na Old st temos o supermercado Somerfield. Que apesar de não ser tão barato como os famosos Tesco e Saintbury's pareceu-me bastante mais barato que as pequenas mercearias da esquina. Gastei 17.86£ em jantar pão e etc.


Perco-me no caminho para casa. Chove torrencialmente enquanto carrego os vários sacos. Ranjo os dentes e cuspo palavras rudes.
Finalmente chego a casa e ninguém está. Sei mais tarde que foram para os shots depois do trabalho.

Ligo-me por conference call aos meus pais. E explico ao meu Pai que também é possível escrever e enviar essa mensagem via messenger para além de apenas clicar para aceitar a chamada. Ele demora o seu tempo a encontrar as letras. E a primeira frase que o meu Pai escreve num computador é "Gosto de ti".

Pode parecer simples e lamexas. Mas receber esta mensagem de alguém que nunca conseguiu usar as palavras para transmitir sentimentos dá-me a força para continuar por, pelo menos, mais três semanas.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

The Socket problem



Um dos problemas quando um europeu aterra em terras britânicas é a tomada ou socket.
O formato britânico é bastante diferente do usado em Portugal, por exemplo. Agora, como é que tenho carregado os meus equipamentos electrónicos sem um adaptador?
Com ajuda do "desenrascanço" lutiano. M. (marido de M.) não é português mas já conhece as manhas.
A tomada britânica tem 3 "buracos". Dois são os polos (negativo e positivo) e o restante a terra. O fio de terra (não confundir com o termo brasileiro) é utilizado como referência em relação aos polos. Não é mais que um fio ligado á terra ou, por vezes, um fio longo enrolado nele mesmo.
Logo esse amigo não serve para (quase) nada.

Então para que o equipamento luso penetre numa tomada britânica apenas tem de tapar os buracos que importam. Os polos.
Agora, o problema é que a tomada encontra-se protegida por um obturador (não arranjei melhor palavra) para dificultar a inserção de objectos estranhos. Protecção contra crianças portanto. Logo torna-se complicado forçar uma ficha lusa contra uma tomada britânica.
Mas como M. me mostrou. Se tiver uma extenção, apenas preciso de com um objecto pontiagudo forçar a entrada da terra e o obturador abre-se. Depois é so colocar a ficha a jeito e pimba. Poupo assim 3 a 4 Libras no adaptador. Aparentemente brilhante.

Mas como em todos os desenrascanços, não há almoços grátis. A tomada não é igual apenas por teimosia (ao contrario de guiar pelo lado errado) britânica. É porque trata-se mesmo de coisas diferentes. A corrente electrica em Portugal é:
CEE 7/16 (Europlug 2.5A/250V unearthed) e a britânica: British 13A/230-240V 50 Hz earthed and fused). Logo estamos a falar de tensões diferentes (erradamente chamadas por "voltagens") e correntes muito diferentes. E um pormenor ainda mais importante. A ficha britânica tem um fusível no sei interior. Num excesso de potência, queima o fusivel e não o equipamento. Não sei como funcionam os quadros por aqui mas não devem de ser tão sensíveis como os de Portugal para necessitarem de fusivel na ficha.
Então o desenrascanço talvés me saia caro um dia. A não ser, como espero, que a ficha da tomada de extenção tenha por si um fusivel.

Citação da wikipédia abaixo:


Type G
BS 1363 (British 13A/230-240V 50 Hz earthed and fused)

UK wiring regulations (BS 7671) require sockets in homes to have shutters over the live and neutral connections to prevent the insertion of objects other than electric plugs. These are opened by the insertion of the longer earth prong. The shutters also help prevent the use of plugs made to other standards. On plugs for Class II appliances that do not require an earth, the pin is often plastic and serves only to open the shutters and to enforce the correct orientation of live and neutral. It is generally possible to open the shutters with a screwdriver blade to insert a Type C Plug (but not the BS 4573 UK shaver) or other plug types, but this can be dangerous for such plugs will not have a fuse and will often not fit properly.

The plug has a fuse inside. The fuse is required to protect the cord, as British wiring standards allow very high-current ring main circuits to the socket. Accepted practice is to choose the smallest standard fuse (3, 5, or 13A) that will allow the appliance to function.
in Wikipédia



PS- Qualquer gralha que resulte em danos irreparáveis para o seu equipamento é da sua e inteira responsabilidade. Porque eu sou de Fracas, tenho desculpa. :-)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

One Nation Under CCTV



Adorei a imagem quando vi pela primeira vez. Aproveitei estes últimos dias para tirar a foto sem saber que era uma das obras de Banksy.

Tv Ads

"Se quer receber fotos de raparigas entre 18 e 30 anos ligue já 123.

Se quer receber fotos de mulheres entre 30 e 40 anos ligue já 456.

....


Se quer receber fotos de mulheres entre 40 e 50 anos ligue já 789.

...
....

Se quer receber fotos de mulheres de 50+ anos ligue já 951."

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Banksy



M. acabou de me falar de um artista britânico conhecido como Banksy.
Banksy é um famoso artista de graffiti cujo nome verdadeiro se desconhece. Assim como grande parte da sua biografia.

O seu trabalho são essencialmente obras onde reina o humor e a sátira sobre política ou cultura.
Ele não vende fotos do seu trabalho ou faz qualquer exposição em galerias.

Se não foi de Banksy foi de outro artista do género. Que aproveitou uma parede com pequenos Tags (assinaturas de gente triste) no Bairro Alto em Lisboa e fez uma obra que posso descrever como um professor a apontar para um quadro onde o quadro tinha esses Tags que existiam antes. A Timeout de Lisboa publicou um artigo sobre o assunto e contando também a triste notícia que poucos dias depois a obra estava novamente coberta de Tags.

Curioso. Temos "obras" de Miró dentro de galerias, e obras de Banksy na rua.

Na minha modesta opinião. Arte não se ensina para quem a vê. Assim como em Engenharia ninguém precisa de explicar a sua utilidade. Se não cai é Engenharia. Se nos toca é Arte. Autoexplica-se.


Aproveito também pra escrever em pedra algo que pensei há poucos dias.

Uma folha com risco no meio é:
para uma papelaria, lixo;
para um engenheiro 10 cm;
para um artista, arte...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Don't eat the yellow snow...



Pensava eu que os Ingleses eram pessoas informadas e precavidas... mas não parece. De manhã as estradas estavam, no mínimo, tão intrasitáveis como na noite anterior. Os carros nos seus parques. Ninguém foi trabalhar (quer dizer, alguns foram...mas arrependeram-se). Nenhum Bus estava a circular em toda a cidade, pela primeira vez desde que há memória.

Há várias horas que não pára de nevar em Carlshaton, zona 6 sul de Londres. Crianças e adolescentes brincam nas ruas. Famílias tiram fotos á entrada de suas casas com um novo membro da família. Um boneco de neve. Os meus house mates não têm como ir para o emprego mas têm de trabalhar remotamente. Para um Lisboeta isto são motivos para fazer tudo menos ficar indoors. Por isso fomos todos para o campo de rugby da zona pra fazer algum sku com umas tábuas de um vizinho. Não funcionou mas chegou pra gerar alguma (micro)adrenalina. Várias crianças brincavam fazendo bonecos de neve, descendo montes com trenós, criando uma bola de neve gigante ou atirando bolas uns aos outros.









No regresso a casa ajudámos um senhor que teve a triste ideia de circular com o carro...com pneus slim. Quando tentava seguir em frente deslizava em direcção a outros carros estacionados na berma.



Depois de almoçar tentei chegar ao centro de Londres. Quando cheguei á paragem do Tram vejo o que o painel electronico informa. "Suspended". A quantidade de neve na linha torna impossível qualquer coisa circular ali. Miudos brincam antirando bolas contra o outro lado da estação. E dois homens aventuram-se a pé até á próxima estação. Vejo-os desaparecer ao longe assim como a oportunidade de tirar fotos no centro da cidade no maior nevão em 18 anos.

Festejos do Ano Novo chinês



01/02/2009

É Domingo e ainda estou a recuperar de quantidade de Pints de Guiness que bebi na noite anterior... e do dinheiro que gastei.
Estou deitado no sofá e lembro-me que havia algo de importante para hoje. Os festejos do Ano Novo Chinês. São 15h, tenho apenas 2h de sol para as fotografias mas opto por ir. Não quero ficar homesick.

Centenas ou milhares de pessoas passeiam plas ruas envolventes a Leicester Square, Trafalgar Square e Chinatown. Vou ao encontro do grupo de formigas de máquinas em punho que estão em Chinatown. Oiço tambores e, ao longe, vejo um Dragão. Uma pequena desilusão. Esperava ver um dragão maior. Mesmo assim é um espectáculo bonito. Pelo que percebi o dragão recebe presentes das pessoas nas lojas da rua. Algumas vezes do primeiro andar desce um cordel com algo na ponta. Um rapaz coloca-se nos ombros do outro fazendo a ilusão de que o dragão se esta a elevar acima de todos nós em busca da oferta. Numa ocasião o dragão irompe pela loja dentro. Assustando os clientes e empregados. Suponho que não recebeu presente.



Tento tirar fotos do dragão mas torna-se impossivel com tanta gente.
Depois empregados de coletes reflectores e altifalantes pedem para que as pessoas se dirijam para as zonas laterais e assim o dragão vai seguindo em frente cumprindo o seu objectivo plas ruas de Chinatown.



Desço até Trafalgar Sq e todas as lojas estão abertas e repletas de gente. Restaurantes com as suas comidas típicas expostas na vitrine, vendedores ambulantes com tambores do filme Karaté Kid e dragões de miniatura.
Em Trafalgar Sq tenho um palco onde actuam músicos chineses. Não achei interessante e tornei a subir.



Um momento único foi quando estava em Chinatown e subitamente começa a nevar com intensidade. Para alguém que vem de Lisboa e cresceu sem nunca ter visto neve até muito tarde, este momento transforma-me novamente numa criança. Nos tempos em que corria o dia inteiro comendo fruta directamente das árvores e bebendo água de fontes e cascatas.
Surgiu tão subitamente como cessou, e assim a neve que caía chegava já sobre forma de água ao chão.

Começo a ouvir um barulho enorme vinda da Leicester Sq. É o fogo de artifício que sinaliza o final das comemorações. Largos minutos de foguetes, lágrimas e bombas tipicamente chinesas que soam a teatro de guerra. Fico demasiado longe para ver tudo o que se passa. É impossível chegar mais perto com tanta gente compactada.



Quando regresso a Mitcham já vejo as ruas cobertas de branco. E quando saio da estação começa a nevar. Cada vez com mais frequência para meu deleite.



Neve continuou a cair noite dentro. Quando me ia deitar espreitei pela janela e estava uma camada branca enorme sobre tudo. Carros, telhados, estrada. Fiquei a pensar como é que amanhã alguém ia conseguir sair daqui. Eles devem estar habituados a estas coisas...


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