Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better. Samuel Beckett

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Dia cheio.

Desde os últimos meses que a minha visão tem piorado significativamente. Dos tempos em que conduzia sem óculos e saía a noite da mesma forma, aos em que não saio de casa sem eles. Não posso tirar uma foto e preparar a próxima olhando em redor sem os tornar a colocar.
Aproveitei o facto de ainda ter seguro de saúde para ir a uma consulta de especialidade a preço de saldo. O Doutor informa-me que tenho o olho picado. Resquícios de uma conjutivite obra de uma cabrão de um adenovirus que demorarão 2 anos a passar.

Tome estas gotas e regresse daqui a mês e meio - diz ele.
Nessa altura estarei fora. Ele diz que não existe problema. Que os olhos são linguagem universal. Que o meu problema vai-me atormentar tanto aqui como em Londres.
Essa é uma de 2 questões de saúde que passei a ter de tratar num mês, em época natalícia...
Parte de mim ficou a resmungar que se não desisto pela crise, desistirei por estes problemazecos.

Regresso ao trabalho e tenho um email do chefe. A reunião que tinha pedido á semanas fica marcada para o final da semana. Por causa de uma clausula do contracto que me poderá lixar os planos, peço pra ficar na 5F e assim fica.
Não sei o que irei dizer e tenho 24h para pensar se a minha estratégia é um aumento...se um adeus.

O dia não estaria completo se não fosse hoje... o jantar de natal da empresa. Onde das várias hipóteses possíveis...o chefe foi sentar-se ao meu lado.
Como bom analista que é, aproveitou para me perguntar como estava o projecto se estava contente. E em cada reticência perguntava de novo para eu reforçar ou justificar a minha resposta. Dei a entender que não estava radiante, mas satisfeito com o projecto onde estou. Uma má estratégia. Não fui plenamente honesto e caso queira um aumento deveria mostrar algum desinteresse...ou interesse por algo mais...
Deixo espaço pra desenvolver na próxima 5F.

Apagar tudo e começar de novo num ambiente que não conheço mais do que arriscado pode ser uma atitude imbecil e imatura. Como pode ser a oportunidade da minha vida.

Estive a pensar num comparação possível. Momento pra saltar de uma prancha alta para a piscina. O que mais custa é olhar cá pra baixo. Ou se salta logo, ou não se salta mais. Não esta não. Tanto esta como a queda livre não servem de comparação porque praticamente não interferimos na queda. A água lá estará no fundo. O pára-quedas abrirse-á.
Será mais parecido com escalada. Mas começando a meio. Onde a queda já fáz moça. A partir do momento em que meto pinças na rocha, so tenho de subir em constante esforço. Ao meu ritmo. Colocando a corda nas espressos para segurança nível a nível. E confiando que a corda estará no seu lugar, quando caír.

sábado, 22 de novembro de 2008

Os últimos meses

Curiosa esta oportunidade para microsoft, e a oportunidade para Buenos Aires para projectos igualmente da microsoft...

Sem mais cartas na manga tornei a mandar mail para a oportunidade de Buenos Aires e para o agente de recrutamento de Londres, sem resposta. Repeti mais tarde para o cliente e finalmente responderam que de momento já não estavam a recrutar ninguém para esse projecto. Como é estranho demorarem vários meses para darem uma respostas tão simples e curta como "lamentamos". É o porquê do mail informando-me que me queriam contactar pra falar das oportunidades...seguido da chamada que nunca chegou a existir. Parecia que tinha-me afundado no meridiano 180. Que o mundo tinha rodado duas vezes enquanto eu dormia.

Todos estes meses passaram e agora a empresa para a qual trabalho em Portugal pede-me para fazer um plano de carreira. Justamente uma das fortes críticas que fiz quando saí do último emprego, a ausência de um plano de carreira.

Apesar de ter em vista um fim de contracto no fim do ano e passagem comprada para Londres, fiz o plano de carreira quer para não causar sururu quer para manter todas as portas abertas. Nunca se sabe se esta crise é uma constipação se uma pneumonia.
Aproveitei para manifestar o meu interesse em trabalhar num projecto no estrangeiro dentro do grupo da empresa. Que foi recebido com surpresa, apesar de não o achar para qualquer jovem como eu.

Começo a entrar no último mês de contracto onde tenho de tomar decisões sérias.
Não me posso descuidar senão lá se vai o meu período de aviso de não renovação de contracto. Passo os dias a ler artigos na web sobre a crise. Sublinhando os artigos optimistas, apagando os pessimistas.

Microsoft Experience

Recebo um mail no final de Julho de alguém que encontrou o meu CV no Monster. Alegou ser da microsoft e que tinha propostas para diferentes aportunidades. As áreas em escolha seriam Live Services, Mobile ou o novo Office 14. Pediram para eu enviar dados sobre a minha preferência no local onde seria alocado, área de interesse e país de origem. Pensei inicialmente que seria uma farça. Uma forma de verificar que a minha conta existe, está activa, e a minha origem. A microsoft não vai á procura de candidatos. Eles estão lá a bater á porta todos os dias. E muito menos enviam um mail com a seguinte frase a um completo desconhecido:

"After reviewing your experience/credentials, I can say I am quite impressed with your background and would be interested in further discussions."

De qualquer das formas respondi, não tinha nada a perder.

Recebo resposta poucos dias depois. Desta vez comecei a acreditar. Tinham recebido a minha informação e iam agora cruzar o meu CV e interesses com as necessidades. Fiquei contente com uma resposta (apos silêncio prolongada de Buenos Aires) mesmo que não fosse dar em nada.
No dia seguinte tinha nova resposta para marcar uma entrevistas telefónica. Fiquei em pulgas! Não queria acreditar como na altura certa (deprimido com Buenos Aires) estava a ter outra oportunidade.

Era Agosto, e numa tarde de 6F estava eu sentado na mesa de um café de auricular e caderno com frases feitas que me podiam ser úteis. Á minha volta vários executivos/administrativos tomavam uma refeição rápida, e o telefone toca. Lembro-me de comentar para comigo mesmo que não havia pontualidade britânica naquela chamada.

Tinha ficado com a sensação que a entrevista seria para analisar as minhas soft skills, enganei-me. Foi entrevista técnica até ao fim. O entrevistador tinha um sotaque mais difícil de compreender que me fez pedir para que repetisse algumas vezes. Muito provavelmente por a oportunidade ser pra Dublin.
Comecei por me entusiasmar com as primeiras perguntas que não eram triviais mas que eu sabia a resposta. Tanto o fiz que me atropelei a falar. Ficando com a sensação que fui trapalhão. A certa altura perguntei se me estava fazer entender. Do outro lado um sim sempre. Até que cheguei a uma pergunta que não respondi, mas que a resposta rebentou na minha cabeça mal a chamada terminou. Foi sempre a descer até á última pergunta que não fazia sentido. "Se tivesses de testar um teclado como o farias?" Fiquei muito tempo a pensar. Sabia que a pergunta era de lógia. Que seria pra ver como eu pensava. Comecei por dizer que testava uma linha e uma coluna. Não justifiquei que um teclado é uma matriz de fios. E quando do outro lado me pediam "e que mais?". E ia-me afundando ainda mais.

No final fiquei com a sensação que não teria dado uma má imagem, que se foi diluindo conforme o tempo foi passando. Na microsoft só vale a pena se passar uma boa imagem. A confirmação veio 15 dias depois.

" In light of our current opportunities, we will be pursuing other candidates whose background and abilities more closely match our needs at this time."

terça-feira, 1 de julho de 2008

"I tried your calling you "

Com o novo emprego nem dei pelas semanas passarem e rapidamente se passaram 3 semanas desde que respondi ao exercício.

Lembrei-me então de contactar o responsável pelo recrutamento em Londres para saber como estava o processo. Respondei-me imediatamente dizendo que estava em Buenos Aires e que ia ter uma reunião dentro de horas sobre o assunto. Telefonou-me para saber como me tinha corrido o resto do processo. E ficou ainda mais surpreso do que eu por ter recebido o exercício, visto a entrevista técnica me ter corrido mal.
Disse que me telefonaria no dia seguinte com informação sobre o meu processo.

Coincidência das coincidências, a empresa de Buenos Aires manda-me um mail minutos depois alegando que me teria tentado contactar durante o dia mas que eu não estive disponível. Estranho como o de Londres conseguiu com tanta facilidade entrar em contacto comigo.
Ficou combinada nova chamada horas depois. Apanhei o comboio de regresso a casa ansioso e fiquei de auricular pronto à hora marcada. E passou-se 15m, 30m, 1h...até que desisti. Não telefonaram e não mandaram mail a justificar o porquê.
No dia seguinte o contacto de Londres não telefonou. Foi a primeira vez que ele falhou no prometido.

Talvés uma grande alteração de última hora naquela reunião.
Só me resta esperar.

Buenos Aires Exercise

Depois da entrevista técnica que foi interrompida por ter ultrapassado o limite da 1h, e da tipica conversa "vamos analizar e depois dizemos-lhe qualquer coisa". Pensei que tudo estivesse perdido. Mas eis senão que uma semana depois recebo um mail com uma proposta de exercício como seguimento do processo de recrutamento.

O objectivo do exercício era avaliar a minha capacidade actual e o meu potencial.
O exercício envolvia matérias que desconhecia e que julgo que seriam desconhecidas mesmo para alguns profissionais com mais experiência. Era simulado um mail de um cliente onde era dito o teor do problema. O problema teria de ser resolvido numa semana. O mail era bastante resumindo, pelo que era possível questionar o cliente mas não sem ser penalizado.

Li o mail por alto num sábado de madrugada horas depois de o ter recebido. Tinha planos para todo o fim-de-semana e não pretendia alterá-los por causa de um exercício que me tinha sido enviado sem qualquer avíso. E se eu não acedesse ao email durante uma semana? Estaria na mesma situação que os outros candidados? Achei isto tudo uma valente tanga.

Por isso fiz o que queria e guardei o final da tarde e noite de domingo para analizar melhor o problema e planear a semana.
Escrevi no papel: "2 dia análise - 1 dias replicar problema - 2 dias resolver problema - 1 dia documentação". Era este o tempo que me restava pela frente.
Foi quase seguido á risca acabei por perder muito tempo na análise, visto tudo ser novo para mim. E não consegui replicar exactente o problema. Para isso precisava de perguntar mais ao cliente... e isto ia fazer-me entrar num diálogo que não ia jogar a meu favor. Por isso fiz o que não era muito correcto, mas necessário. Fiz de conta.
Fiz de conta que o cliente tinha feito assado e para isso tinha a resposta.

Acrescentei um diagrama Gant ao "experience Log" (um relatório dos meu passos de desenvolvimento) e esperei pelo melhor.

Joguei com o fuso horário. Quando estava a enviar o email de resposta já passavam 2h da manhã em Buenos Aires e o sol nascia na minha varanda.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Buenos Aires Interview

Uma semana depois de ter dado (novamente) ok ao processo de Buenos Aires ao responsavel pelo processo de recrutamente, tive uma entrevista telefónica.
Escolhi bem a data, era feriado e assim podia estar em casa descansado.

Esperei ansioso pela hora. Li tudo sobre a empresa no dia anterior e guardei toda
a informação que achei necessária. Faltava 1h para a entrevista e estava a reler
o documento quando recebo um telefonema do responsável pelo processo de recrutamento.
Muito simpático, como sempre, começou por falar no Cristiano Ronaldo e depois deu-me
umas dicas sobre como seria a entrevista. Até me aconcelhou a falar em futebol já que
é um desporto tao aclamado na Argentina.

Notou-se que não eram uma empresa britânica. Telefonaram-me com um atrazo de 15m justificando-se que estariam com problemas no telefone de conferência.
Eram 2 pessoas, homem e mulher. Fizeram-me as perguntas que já estava á espera. O que lhe faz mudar? O que lhe agrada em Buenos Aires? Tem alguma experiência Internacional (profissional ou não)?
E algumas que não esperava. Tem alguma experiência em alguma metodologia de trabalho (Scrum, ISO)?

Não brilhei, mas sabia que tinha respondido de forma aceitável á maioria das perguntas.
No final da entrevista (que durou apenas 20m) perguntaram-me quando podia ter uma segunda entrevista, desta vez técnica. Ficou combinado para o dia seguinte em que por acaso eu estava de férias.

Tive de instalar um Software de conferência (acesso remoto de desktop e tal) chamado webex e no dia seguinte lá estava eu de novo ansioso que o telefone tocasse.
Notou-se que do outro lado estavam pelo menos 3 pessoas. Embora apenas uma fizesse as perguntas.
Novamente um sotaque esquizito de quem não consegue pronunciar os érres ou éles.
Agora que estou a tentar recordar não me lembro bem, mas começou com uma pergunta parecida com um projecto que envolvesse muita gente e como é que eu lidei com isso.
Algo me está a soar falso nesta memória mas sei que fiquei muito tempo calado a pensar na pergunta, sem responder. Ele tentou ajudar-me afirmando que tinha 1 ano de experiência profissional, ou se tinha tido algum projecto assim na faculdade.
Lembrei-me de um em que estive envolvido no início do ano e assim que falei um pouco dele ele continuou com as perguntas. Depois pediu para eu aceitar o convite de partilha de desktop, e que teria de exemplificar o que tinha descrito antes de forma gráfica.
Se fosse uma videochamada todos veriam que fiquei branco. Não me recordava ao certo o que tinha falado antes. O exemplo que tinha dado era parte real, parte ao encontro da pergunta que me estavam a fazer. Até porque naquela altura eu nem me lembrava bem do projecto que tinha feito. Lembrar-me do meu próprio nome já foi uma sorte.

Longe vão os tempos em que usava o word para desenhar o que quer que fosse. Habituei-me ao Visio e outras ferramentas e então fiquei algum tempo á procura das setas e caixas de texto. Conforme fui desenhando fui-me lembrando como era a arquitectura do projecto e caixas de texto com significados vagos eram apagadas e davam lugar a novos conjuntos de caixas e setas.
Foram-me pedindo para ir descrevendo o que estava a desenhar e acho que nessa altura tudo se estava a safar. Pior veio depois.
Logo quando já estava a gostar da fazer aquilo disseram que bastava e que queriam que eu desenhasse um solução para um problema delas. Trocamos a partilha de desktop e do outro lado mundo desenharam-me o que pretendiam. Depois passaram a bola pra mim.
Comecei por dizer muitas coisas desbaratados e continuei assim até ao final.
Desenhei um esquema UML da hiearquia de classes que seriam necessárias (acho que até
foi um bom começo). Ao tentar demonstrar que sabia a diferença entre uma interface e uma classe insisti em manter interfaces quando do outro lado diziam claramente que não era necessário. Depois cheguei a um beco sem saída em que não conseguia andar mais e não sabia onde me tinha perdido. Quanto mais pensava em como estava a demorar muito tempo para um problema simples mais me enterrava na solução que estava a criar.
Até que me deram uma ajuda. Perguntaram-me se conhecia Padrões de Desenho e se podia usar algum ali. A pergunta era retórica mas não estava a ver nenhum padrão ali. Mesmo
assim perguntaram quais os padrões que conhecia. Disse 2 ou 3 correctos e outro que nem existia.
Até que foram dando ajudas até eu chegar á palava mágica "factory". Era o padrão correcto. "Há! Agora estamos a chegar algures, e sabes utilizá-lo?" Não sabia.
Os padrões de desenho fazem parte daquilo que todos os programadores deviam de saber na ponta da língua, e isto é-nos dito na faculdade. Mas no mundo cá fora, quase ninguém sabe do que se trata.

Terminei a entrevista com a certeza que tudo teria ficado por ali. Mas que ao menos tinha aprendido algo.
Factory.Factory.Factory.Factory.

Saí de casa fui ao Lagoas parque. Esplanada, imperial e público. Quando regressava a casa o recrutador de Londres telefonou pra saber como tinha corrido. Disse-me para não me preocupar com o assunto e que disfrutasse do fim-de-semana que se aproximava.
Estava triste e desiludido. Sabia que podia ter estado melhor muito melhor se apenas tivesse revisto em tempos os padrões de desenho. Mais um motivo para mudar de emprego. Estava a desvalorizar.
Achei entusiasmante como numa hora estava a falar com Londres e minutos depois com Buenos Aires. Como o nosso modo de vida esquece distâncias e fusos horários. Como era tudo isto que queria.

No dia seguinte, resolvi o problema com o afamado factory.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Porquê ?!

Porque é que os Portugueses se sentem estrangeiros em Portugal, e Portugueses no estrangeiro? Por causa da saudade. Tem-se sempre, caso se seja português, saudade de qualquer coisa. O que é preciso ver é que Portugal está feito para se ter saudades dele. Propositadamente. Cientificamente. Tudo foi minuciosamente estudado para nos chatear de morte quando estamos por cá e nos matar de saudades quando não estamos.



In Os Meus Problemas (1988) de Miguel Esteves Cardoso

domingo, 18 de maio de 2008

How about Buenos Aires? (News Flash part 2)

Dois dias depois tive novo contacto com a outra empresa portuguesa com quem também tinha iniciado processo em Janeiro. Tal como a outra empresa uns parágrafos acima, nova entrevista desta vez já no cliente. Não me disseram qual seria o cliente. Apenas uma morada e o número de telefone do meu contacto. A entrevista durou apenas 15 minutos e no final ficou em aberto com o meu contacto uma outra entrevista num outro cliente para breve. O que aconteceu na semana seguinte, e tudo mudou. O cliente aceitou-me e por arrasto a empresa a que me candidatei 3 meses antes. O assinar de contracto ficou agendado para a 6ªFeira seguinte, dias depois.

Era uma 6ªFeira solarenta e eu de férias. Fui assinar contrato logo após o almoço e curiosamente á mesma hora que entrei no escritório, recebi um mail de Londres. Tratava-se do mesmo senhor que mais de um mês antes me contactou telefonicamente dizendo-se agente de recrutamente IT. Na altura pediu para tornar o meu CV mais pro-UK fez-me um questionário bastante simples telefonicamente. Enviei-lhe o CV e não tive mais resposta. Agora queria saber qual a minha situação porque tinha várias propostas em mão na minha área.

Terminada a reunião pisguei-me para o carro e segui rumo á faculdade para tratar de papeladas do diploma e rever antigos colegas. Durante essa viagem recebi uma chamada com indicativo +44 que só vi quando parei. Tentei telefonar de volta mas fui parar a um voice mail. Deixei mensagem, frustrado.

Nesse final de tarde consultei o mail e verifiquei que tinha dois novos mails. Um que foi referido acima, e outro de alguem que me tentou telefonar durante a tarde e que estava relacionado com o processo de Buenos Aires.

Respondi ao mail e combinei uma hora para falarmos sobre o processo. Fiquei ainda mais frustrado quando passei 20min a passear pela Av da Liberdade na espectativa do telefonema e sem acontecer nada. Fiquei a marterizar-me por num dia em que tudo parecia ter corrido bem (assinatura de contracto que respeitava todas as minhas espectativas)consegui não reparar numa chamada tão importante. Temi que tivesse perdido a minha hipótese na recruta por ter perdido a chamada.

Nos dias seguintes apresentei, muito nervoso, a minha carta de demissão. Que foi aceite com normalidade pelo meu superior, mas com surpresa. O mesmo não posso dizer pelos meus colegas e, sobretudo, pelo administrador. De tal modo que no fim de tarde/noite que fui entregar a carta ao escritório dei de caras com um colega de sales que passou as 4h30m seguintes a "negociar" comigo. Apresentando-se ora como amigo, ora como desconhecido, ora como "nem gente", ora como alguém a ganhar muito com isto tudo. E com túlipas e petiscos á mistura. Num período em que é difícil encontrar emprego e fácil despedir, nunca pensei que fosse preciso tanta politiquice para alguém se demitir.

No início desta semana recebo novo telefonema com indicativo +44. Corro fora da sala em que me encontrava e atendo a chamada no meio da rua. Do outro lado um senhor responsável pelo processo de Buenos Aires. Explicou-me do que se tratava, que não fugia daquilo que me tinha sido dito antes por mail, mas desta vez referiu o vencimento. Trata-se de pouco menos que o novo contracto que acabei de assinar. Como ele próprio me disse, isto não se trata de algo para me tornar rico.

Consultei o site da empresa que confirmou de certa forma o que me foi dito. Que trata-se de uma empresa multicultural sedeada em Buenos Aires que produz soluções directamente para uma grande empresa de SW internacional. When I say big...I mean BIG! Fiquei a pensar se seria uma aposta errada, visto o projecto a que me destino (em Portugal) ser algo certo, seguro e muito interessante em termos de carreira. E também porque não posso confiar num projecto que alguém overseas me oferece fazendo querer que é uma oportunidade única para estar na primeira linha. É apenas o trabalho dele.

Consultando na Web recordei a crise económica que a Argentina passou em 2001, que tinha lido em jornais e visto em notíciários e que confundira com Venezuela várias vezes. A moeda, o peso AR$, desvalorizou 70% face ao dólar nesse ano. Ou seja, é uma moeda que vale pouco mais que 20 euro centimos! E, agora que aproveitei para consultar, tem vindo em queda desde á pelo menos 5 anos.
Não se trata mesmo de ficar mais rico, até pelo contrário. Mas depois de ter consultado o ordenado mínimo de um Argentino (539pesos ou 110€) e de um trabalhador da minha área (800pesos ou 163€) e de constatar que o vencimento que me estão a propor é várias vezes superior, não me parece uma oferta assim tão má.

Depois encontrei também uma conceito que todos ouvimos falar para casos como a Índia mas que não me tinha apercebido da real escala. Trata-se do Offshore Outsourcing. Onde temos como países envolvidos nações como o Brasil, Israel ou mesmo a Polónia. No meu caso julgo que é mais parecido com um caso de Offshore software R&D.

Temos os mesmos produtos ou serviços com a mesma ou melhor qualidade efectuados em países com moeda fraca e grandes dificuldades económicas. Trata-se, portanto, de um excelente negócio para as empresas envolvidas. Mas não tanto para os trabalhadores.
Caso estejam a oferecer o mesmo vencimento aos outros elemento que irão formar a equipe (Ingleses ou mesmo Chineses) então isto tudo torna-se anedótico.

Por isso, encontro-me num processo de despedimento confuso seguindo para outro projecto e tendo no meio um processo de recrutamente confuso. Nada está ou pode estar decidido. Até por ainda tenho de ter uma entrevista telefónica com o cliente Argentino, seguido de um teste prático. Mas desta vez tudo pode ser feito sem sair de casa. Do mal o menos...


PS - Uma nota muito especial para o blogger, que conseguiu falhar o post e perder os meus últimos parágrafos. Parece que o autosave serve apenas para eu julgar que não tenho de fazer backup num notepad á parte.

sábado, 17 de maio de 2008

News Flash (Part 1)

Depois da desilusão de ver o teste cancelado na véspera de partir para Londres, vieram as férias.

Posso dizer que Lodres mostrou-se exactamente como imaginara. Excepto num ponto. Não tem muitos edifícios altos, o que parece incrível numa cidade de 7 milhoes de habitantes. Nas ruas, nos transportes, vi grandes aglomerados de pessoas mas não em quantidades muito diferentes daquelas que encontramos em Lisboa a uma hora da ponta. Isto tudo por causa da grande rede de transportes públicos que têm atrazos mas também vias alternativas.

As pessoas são simpáticas e prestáveis a ajudar, coisa que que quando saí do avião não esperava encontrar.
A noite, perdão, o lusco-fusco é uma corrida de 100m. Muito enérgica... e curta. As pessoas são caladas durante o dia, e barulhentas na noite. Parece que guardam, enchem-se de frases de dia para as despejar ao fim da tarde num pub qualquer de um modo a qualquer um ouvir.
Ao partir, não fiquei com mais vontade de voltar do que a que tinha antes... que não era pouca.

Nas semanas seguintes segui com atenção os anúncios do Gumtree e fui enviando candidaturas. Algumas caíram em saco roto outras tiveram respostas como esta:

Thanks for your application. Currently I am needing people to interview immediately for this role so it would be a bit difficult with the fact that your not in the UK currently.
Are you planning on coming over here at any point?

O facto de ter estado com uma entrevista marcada durante um mês e ver tudo ser cancelado 2 dias antes tropeçava nas minhas ideias com mais força depois de ler este tipo de respostas. Eu estive disponivel e esperei para nada... e agora com 2 respostas simultâneas não tinha mais nada a propor a não uma entrevista telefónica primeiro. Não tive resposta.

Em inícios de Abril as coisas com uma das empresas de Portugal que tinha iniciado processo de recrutamento em finais de Janeiro sofreram um desenrolar... para mais do mesmo. Marcou-se mais uma entrevista com outros senhores com vista a outro processo completamente diferente daquele que me levou a um cliente que por sua vês nunca mais se decidiu (ufa!). Confuso?! Não é para menos.

Em meados de Abril, recebi um mail dando a conhecer uma oferta de emprego diferente daquilo que estava a procura. Tratava-se de um pedido semelhante ao que recebi uns meses antes, quando me pediram CV com um formato Pro-UK, vindo de uma agência de recrutamente mas já com uma proposta específica associada. Tratou-se de um pedido para nada mais nada menos que... Buenos Aires, Argentina.

A proposta refere viagem paga, alojamento pago por um período negociado, qualquer situação burocrática resolvida (como visto de trabalho e conta bancária) e seguro de saúde. Isto parece umas férias! A minha primeira reação foi de espanto e extase. Cinco minutos depois pensei que não era possível proporem tanto para um perfeito desconhecido de um país modesto. Fiquei a pensar que seria um truque para arranjar mais uns quantos CVs para a base de dados. Respondi ao mail acreditanto que não receberia qualquer resposta no futuro.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Randy Pausch's Last Lecture

Vi muito recentemente num noticiário uma curta reportagem sobre um doente terminal de cancro do pâncreas. Trata-se de Randy Pausch um professor universitário americano.

Fiz questão de ver toda a sua "Last Lecture" e destaco o seguinte,

<

É uma Lição fantástica de um grande orador que merece ser vista. Fez-me repensar muitos dos meus objectivos.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Apologise for any inconvenience

Na véspera de partir de férias rumo a Londres. A 2 dias de fazer o teste para o qual tirei férias para estudar. Depois de quase 1 mês ansiando pelo dia 28 de Março, recebo este mail:


I'm sorry to say we have now filled the positions that were available and therefore there is no reason to pursue the test you were to undertake in our offices on Friday. I do apologise for any inconvenience caused, but we did feel it was important to fill the position when viable candidates did meet our criteria for employment.



Apologise for any inconvenience caused?! Devem estar a gozar comigo! Eu propuz-me a fazer o teste remotamente! Fiquei 20 dias a espera desse dia. Estudei durantes esses dias, perdi fins de semana e dias de férias nisto! Para agora nem sequer cumprirem com o teste? Não, não me peçam desculpas pelo incómodo... peçam desculpas aos vossos superiores por não serem cumpridores dos vossos compromissos.

No need to apologise, I just have all your competition to send my CV.
Falhar, falhar de novo...falhar melhor!

terça-feira, 25 de março de 2008

IT Recrutment

Finalmente tive resposta da tal agência de recrutamente de IT.
Passou uma semana mas acabou por enviar um extenso mail explicando e exemplificando como devia de criar o meu CV com o formato UK.

Vamos ver no que isto vai dar...

segunda-feira, 17 de março de 2008

London is The place




Uma música simples e mágica.
Estive muito próximo desse "place" quando vi e ouvi esta música no SBSR 2007.


We know a place where no planes go
We know a place where no ships go

(Hey!) No cars go
(Hey!) No cars go


PS- Pronto pronto, é claro que Londres tem carros...lots of them. Mas posso bem prescindir da biatura.

Base64 part2

Agora para uma parte menos nerd...

Dias depois, lembrei-me de tentar de novo. O mesmo user e password, convencido que os autores estariam enganados e que iam aperceber-se do erro quando ninguém conseguisse efectuar a candidatura. E confirmou-se. Obtive mais pormenores sobre o cargo a que me contratava e enviei o meu cv com uma carta de apresentação. Obtive uma resposta 9 dias depois.

Mostram-se interessados no meu cv e queriam prosseguir com a candidatura e, para isso, teria de enviar uma documento com respostas a algumas questões técnicas(e vagas) e outro com a minha experiência profissional especificamente na area a que me candidatava. Em poucas horas preenchi o documento com algumas respostas que sabia de cor, e outro que tive de procurar na web.
No dia seguinte tinha uma resposta. Queriam que a candidatura prosseguisse e, para isso, teria de submeter-me a um teste prático nas instalações ou remoto de 1h.
Achei especialmente interessante terem-se mostrado interessados em fazer um teste remoto, com todas as ajudas que poderia ter e também pelo facto de mostrarem que é possivel ter uma entrevista técnica sem sair de casa.

Com algum receio que o teste fosse dificultado caso fosse feito remotamente, mostrei interesse em fazer o teste remotamente mas informei que iria de férias a Londres no final do mês. Claro, isto foi musica pros ouvidos deles. Determinaram uma data e hora...e agora não faço outra coisa a não ser desesperar pelo dia que se aproxima.
Com isto posso dizer que também ganhei algum tempo para estudar e tentar formatar-me para o teste. Mas não deixa de ser chato estudar e fazer uma teste com esta importancia em tempo de férias.

Como a Filipa me informou, "emprego sem sair do país consegue-se, mas não é facil".

Entretanto tenho tentado estudar, quer no trabalho, quer em qualquer tempo que tenho disponível. Mas torna-se dificil controlar a ansiedade, o espírito derrotista e concentrar-me.

Enviei mais candidaturas (igualmente via gumtree) entretanto. Sei que não me posso convencer que é apenas com um tiro que acerto no prato.
Devido a uma dessas candidaturas fui contactado telefónicamente por uma empresa de recrutamente especializada em TI. Isto depois de receber um mail em que se mostravam curiosos com tantas candidaturas "overseas". E se efectivamente estava determinada em viver em Londres. Porque recebiam muitas candidaturas de candidatos que nunca estavam realmente dispostos a instalar-se na cidade.
Desta vez o sotaque era decifrável. Pareceu-me bastante acessível na conversa. Foram-me feitas perguntas técnicas de teor básico. Perguntaram-me o tipo de contracto e salário que recebia no momento, e quanto pretendia receber em Londres. Informou-me que o meu CV (em formato europeu europass) não era um cv "suitable" para o Reino Unido. E que iam-me ajudar a refaze-lo. Descreveram-me os passos por alto e disseram-me que me iam enviar via mail um exemplo. Perguntaram-me quanto tempo demorava a refazer o cv. Eu afirmei que um dia bastava. "Excelente" disse ele. Disse-me que me contactava no dia seguinte para falar-mos mais sobre o cv.

Passaram 4 dias e nenhum sinal de vida.

Base64 part1

Nas primeiras remessas de candidaturas com destino a empresas londrinas (via gumtree) deparei-me com uma que destoava. Em vez de fazermos simplesmente reply da candidatura (no site) eramos dado um endereço url onde deveriamos obter informações sobre como fazer-lhes chegar o cv e tal.

O endereço indicava-nos outro que era de um servidor ftp... logo aí eliminava algumas pessoas que ora não percebem nada do assunto ou nunca ouviram falar do verbo googlar...

Era fornecida um user e era-nos dito que a password era a codificação Base64 da password. Aqui... filtram-se outros... ou os mesmos que não experimentam "base64 encoder" no google. Agora, o pormenor engraçado... é que não funcinava.
Isto fez-me dar em maluco (exagero). Mesmo durante a noite acordei e tentei de novo com outros coders e nada. Fartei-me de sites que apesar de me darem sempre o mesmo resultado eram de fraca fiabilidade. Fiz uma prog simples em .NET usando uma classe que ja nem me recordo, mas que convertia uma string para base64. O mesmo resultado... e o login falhava sempre. Tentei isto nos 2,3 dias seguintes...e fartei-me.

sábado, 1 de março de 2008

RH sucks bigtime.

Estou farto. Os RH não têm palavra, MESMO!
Dois telefonemas rejeitados e um mail depois, decidi telefonar para a empresa que tinha passado a tarde a tentar-me contactar.
Depois de receber um telefonema a perguntar se ainda me encontrava nas mesmas condições, se tinha MESMO interesse que o processo fosse para a frente ...

Mas então porque é que comecei com estas brincadeira on the first place?!

Disse que queria ir mesmo em frente....claro. E eles disseram-me que iam falar com o cliente e que falavamos no dia seguinte... e já passaram 4 dias!


No mesmo dia que recebi o telefonema enviei a 3ª Remessa de candidaturas via gumtree.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

I buy and I rase

Subi demasiado a parada.

Aquilo que desejava ha apenas 2 meses corre sérios risco de acontecer.
Um novo emprego. Melhores condições. Mais oportunidades de carreira.

Tudo isto passou a ter uma importancia diminuta depois de a ideia de Londres se instalar confortavelmente na minha cabeça. Tirou os ténis e estendeu-se no sofá.

Consultar ofertas de emprego em Londres (especialmente a remuneração esperada) é tortura para mim.
Saber que estou a apenas 3h desta aventura, mas que é cada vez mais dificil...
Pricipalmente por razões de ética profissional.

De aceitar algo certo por semanas ou poucos meses, e abandonar de seguida...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Os 3 Ws

Há relativamente uma semana registei-me em 2 sites:

http://www.justlondonjobs.co.uk/
www.monster.co.uk (onde podemos registar o nosso CV na esperança que alguma empresa interessada entre em contacto conosco.)

Uma verdada seja dita... não ha falta de oferta de emprego na área das TI. Mas é facil perder-me em tantos sites de ofertas de emprego. Acabei por perder a conta aos sitios onde me registei e onde deixei dados pessoais como o meu CV. Grande erro...

Dias depois descobri outro com mais e melhor oferta:
http://www.gumtree.com/

Este último é um 2 em 1. Podemos procurar ofertas de emprego por mercado e procurar casa!

Tornei a enviar o meu pedido de candidatura para mais algumas ofertas interessantes.
Achei curiosa uma oferta em especial. Não fornecia email ou qualquer tipo de contacto. Ao invés, deixava um endereço IP através do qual obteriamos mais informações. Aí as coisas complicavam-se mais ...

No dia seguinte obtive um telefonema. O sotaque era tão forte que eu tinha muitas dificuldades em compreender. A conversa foi curta :

- ...yada yada yada ... apply for a jôb ?
- yes
- yada yada.... whats your professional experience in C++ ?
- I have academic experience in C++
- yada yada yada...see you then... bip bip bip

Bom. Claro que não estava a espera de palmadinhas nas costas depois de não responder como o Sr pretendia. Mas que o moço foi bem curto... la isso foi. Passei a hora seguinte a reconstruir a conversa e a tentar arranjar respostas para a pergunta "Mas porque raio não percebi o Home!?".
Apesar de tudo parecer um pouco destorcido hoje, sei que era uma mistura de sotaque australiano com "casal Macain".

Dois dias depois, recebo um mail de um Daniel. Uma agência de recrutamento que queria o meu CV actualizado. Aproveitei para enviar o CV e um descritivo de projectos. Um documento que já me tinha sido pedido ha um mes para uma outra proposta de emprego em Portugal. Tive apenas de traduzir para Inglês e enviar.

Não posso deixar em claro, a ajuda que o blog da Filipa me deu nisto tudo. Especialmente este artigo.

Hoje recebo um telefonema que noutros tempos me deixaria eufórico. A empresa para a qual eu concorri ha mais de um mês queria saber como estava a minha situação e se queria ir mesmo avançar, de modo a notificar o cliente que nesta fase vai escolher quem fica...

Exórdio, prelúdio, preâmbulo...

Pois, exacto.



Antes do Apelo de Londres, houve outro. Chama-se Macau. Digo "chama-se" porque só morre comigo.

Nasceu com uma reportagem do canal privado SIC sobre os jovens portugueses que procuram um estágio profissional em Macau e vão "ficando". Achei a ideia muito interessante. A memória de Portugal permanece viva naquela região. O ser Português é visto como uma marca de qualidade. Foi o que a reportagem vendeu, e eu comprei de imediato.



Depois de enviar vários emails para várias entidades (embaixadas em Portugal e Macau, Vodafone sedeada em Macau, Istituto Politécnico, Universidade e até os vários departamentos da rádio de Macau) a pedir conselhos, contactos e fornecendo o meu CV apenas obtive a resposta negativa do Istituto Politécnico de Macau. De referir que a rádio foi alvo da reportagem sendo ela mesma constituida por trabalhadores Portugueses.



Claro que antes de isto procurei emprego via www mas encontrei muito pouco, para não dizer nada. Um dos quais oferecia apenas 6 dias de trabalho (apenas as manhãs de sábado)...apenas...

Contactei também algumas entidades governamentais ligadas a novas tecnologias e comércio de onde também não obtive resposta.



De referir que sou licenciado em Eng. Informática e que procurava emprego relacionado com as tecnologias de Informação.



Pensei em gozar todas as minhas férias de seguida e rumar a Macau com o objectivo de conseguir a entrevista de sonho (pelo menos). De referir também, que estou empregado ha 1 ano numa empresa Portuguesa. Mas... visto estar num processo de recrutamento para um contracto melhor (obviamente) numa outra empresa, optei por não me atirar de cabeça. E com isto comecei a pensar nos planos que tinha feito para daqui a 1...2 anos. Ter uma experiência de vida em Londres. Inicialmente estava a pensar em 6meses a 1 ano em Macau e depois pensar noutro destino...como Londres.

O leitor deve estar a pensar como irrealista isto é. Como se sonha tão alto sem qualquer descida á realidade. Pois, exacto. Por isso mesmo estou tão interessado. Porque ser tão descabido! Chega da visão de casa, emprego, ou portugalidade como uma fatalidade. Se não tentar não terei hipóteses de Falhar. Falhar de novo. Falhar melhor... pois, exacto.

O Apelo

Se chegaste até aqui é muito provavel que estejas enganado.

Este não é um blog de um fan dos the Clash. Não é um blog sobre punk, rock, pop, electro ou qualquer tipo de música.

É um blog de um sonho. Um sonho que nasce com o apelo de Londres.

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