Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better. Samuel Beckett

sábado, 27 de abril de 2013

Moonspell @ Underworld

Foi por um grande acaso que me vi com um bilhete dos Moonspell na mão. A última vez que me lembrava de os ter ouvido era há mais de 10 anos. Na fase Pantera e Mão Morta (esta última ainda persiste). Por isso não sabia bem se ia gostar. Estive agora a recordar algumas músicas e as únicas que me são familiares são do album Sin/Pecado. A Electra, aquele início a rasgar da Abysmo, e a favorita Magdalene. Todas de 1998!

Por isso não era de adivinhar que não fosse conhecer nada. A única que reconheci foi a Nocturna e só porque na altura (album Darkness and Hope de 2007) passava constantemente na rádio.

Cheguei a Camden faltavam 20 minutos para as portas abrirem e já muitos faziam fila à porta do Underworld. Encontrei-me num pub com 3 Portugueses que também iam ver o concerto e apercebi-me que estava a destoar. Estavam todos vestidos de preto da cabeça aos pés (assim como outros no pub que vestiam tshirts da banda) enquanto que eu tinha a minha roupa do dia a dia. Mas escolhi, provavelmente, a pior tshirt para usar num concerto de Metal. Ironicamente, uma que comprei em Camden.

Já tinha ouvido dizer que os Moonspell eram a banda portuguesa mais famosa no estrangeiro logo depois dos Madredeus. E confirmei isso ao ver várias pessoas no pub ou na rua com tshirts da banda sem serem Portugueses. Se calhar maioritariamente Espanhóis.

O Underworld faz jus ao nome. Logo depois de entrar desce-se um longo lance de escadas com as imagens de vários metaleiros que nos leva a crer que estamos a entrar pela crosta terrestre dentro para um outro mundo. Um mundo onde tudo é negro e cada centímetro de pele é uma tela.
Perdi os meus compatriotas logo depois de entrar e vi-me sozinho a entrar no bar...com aquela tshirt. E, equanto as cabeças se viravam para mim, fiquei a pensar que aquele momento não era muito diferente de um qualquer daqueles metaleiros entrar no London Stock Exchange. E ri-me...mas para dentro.

Fui pedir uma pint ao bar onde estava a gotica mais linda que alguma vez vi. Uns olhos de um azul tão claro, uma pela tão branca e um ar tão adolescente e angelical que parecia uma vampiresca da saga Twilight (uma Amy Lee mas em angelical). E quando virou costas vi que tinha a caveira de um demónio tatuada.

O concerto começou com Fernando Ribeiro a entrar de capacete de gladiador e espada medieval como suporte de microfone. E o público apesar de não muito exuberante rendeu-se à banda. Esperava muito moche que não se confirmou.
Com o passar dos anos vou dando mais importância às bandas Portuguesas que vêm a Londres. Não só porque se torna a única hipótese de as ver mas também porque sinto que devo premiar as bandas que estimo. Se todos comparecermos haverá cada mais mais razões para elas comparecerem por cá. E é também uma forma de ajudar o nosso país comprando aquilo que também é um produto nacional.
(pena é muitas vezes álbuns ou livros não estarem disponíveis fora de portugal. Por exemplo no itunes do uk)


quinta-feira, 25 de abril de 2013

O 25 de Abril em Londres

Acordei e vesti a tshirt mais clara que encontrei. Foi a primeira vez que pude andar de tshirt na rua sem congelar desde, provavelmente, Agosto. As temperaturas chegaram aos 20' o que se pode considerar Verão.

Só quando cheguei ao trabalho é que reparei que era 25 de Abril. Um dia como outro qualquer.
Curiosamente quando fui almoçar a um restaurante grego em Angel (Kolossi) reparei que as mesas tinham cravos (eles têm sempre cravos, mas enfim...vamos acreditar que não era coincidência).

O dia esteve lindo e fiquei a pensar no significado da tshirt que estava a usar e que tinha comprado na calçada do carmo.

Um monumento, que representa o momento mais alto de uma nação, que é formado por indivíduos. Que vão voando às centenas desfazendo o monumento. Perdendo-se para sempre o registo de que alguma vez existiu.
E o significado do corvo que é o símbolo de Lisboa mas que também anda de braço dado com o fim.

O café Suspenso


Uma das grandes diferenças que encontrei quando cheguei a Londres foi no café...não só porque era na maioria das vezes mau e caro, como porque a oferta era tanta que eu nem sabia o que escolher. Eram os lattes, macciattos, flat white... e o que descobri hoje: O suspendend coffee.

De origem napolitana, o Caffé suspenso é um acto anónimo de altruísmo  Um cliente entra num café que apoie esta iniciativa e compra um café para si e outro para um desconhecido com necessidades. O funcionário do café regista o número de cafés suspensos e vai deduzindo dessa conta a todos os que com mais necessidades o pedirem. É uma tradição Italiana que acontecia por altura do Natal mas que se perdeu nas últimas décadas. Mas que reapareceu nesta época de crise.

Já é possível comprar um café suspenso em Nápoles - Itália, Sófia - Bulgária, Melbourne - Austrália, Singapura e desde o final de Março início de Abril em Londres. A starbucks já aderiu a esta iniciativa e subiu a parada ao dizer que a quantia oferecida pelos clientes em cafés suspensos será oferecida à instituição Oasis. Uma clara táctica de marketing para tentar esconder o escândalo de fuga aos impostas do inicio do ano.

Alguns podem perguntar-se se oferecer uma sopa ou fruta não seria mais lógico. Mas basta percorrer alguns dos lugares de londres onde os sem abrigo mendigam para ver vários copos de café. Não só por ser uma bebida energética mas porque durante estes largos meses em que as temperaturas rondavam os 0 graus o que mais se pede é algo que aqueça.

Fico também um pouco desconfiado sobre quem vai tirar proveito desta iniciativa. Os cafés lucram mais ficando com a imagem de bem-feitores quando não contribuíram com nada. E facilmente os desempregados que gastam o subsídio de desemprego no pub a virar pints de pijama às 3 da tarde podem agora passar pelo café da esquina e ter mais uma borla à custa do contribuinte... ainda assim, uma boa ideia. Quando é que chega a Portugal?


terça-feira, 23 de abril de 2013

Aceitar a realidade do pós 9/11


Estava sentado no chão a ver toda a azáfama da central station em Nova Iorque. Acredito que, os que se cruzavam com o meu olhar, ficassem confusos ao ver-me de sorriso escarrapachado no rosto. O mesmo sorriso que desfiz ao ver isto (se bem que esta foto nem é minha):

Dois agentes da polícia metropolitana de Nova Iorque patrulham a área de capacete, colete e metralhadora. Algo que esperava encontrar na favelas do Rio ou São Paulo. Digno de num cenário de guerra. Mas não numa capital do mundo livre. Fiquei surpreendido e lembrei-me daquilo também que vi em Londres. Na estação de Kings Cross é frequente ver alguns agentes que patrulham de metralhadora. Com as balas brilhantes visíveis num carregador transparente. Mas tudo tão plástico e brilhante que nem parece real.

Pode parecer um exagero termos polícias armados desta forma em alguns dos pontos mais frequentados das cidades. Que deviam de transpirar segurança. Mas é um acordar para a realidade pós 11 de setembro. Onde é impossível prever quando e onde vai acontecer um ataque do estilo Mumbai. E acredito que ambos os governos já chegaram à conclusão que é impossível adivinhar os planos de todos os psicopatas deste mundo e que é inevitável que um dia alguém vai entrar num local movimentado munido de uma arma automática.

Os últimos desenvolvimentos na maratona de Boston fizeram com que Londres ficasse ansiosa e reforçasse o policiamento para o funeral da Margaret Thatcher e a Maratona de Londres.

Há dois anos que tento arranjar um lugar na maratona (que desaparece em minutos) e desde que cheguei que queria ver uma mas sem nunca se proporcionar. Depois dos ataques de Boston seria natural ficar mais uma vez em casa. Mas perguntei-me - Qual é a mensagem que transmitimos se o público diminuir? Eu acho que seria a de que este tipo de ataques funcionam. Que geram terror. E que esse medo altera o dia a dia dos cidadãos.

Ora se todos comparecermos na maratona. Se não alterarmos o nosso dia a dia. Se não nos deixarmos aterrorizar. O objectivo falha. E o atentado torna-se irrelevante. E acredito que no dia que os atentados deixarem de abrir os noticiarios e de ser manchete de jornal esta forma de luta deixará de existir.

E foi também por isso que fui ver entre Embankment e Green Park todos aqueles que corriam quer por um melhor tempo ou por uma causa. E também aplaudir os atletas Portugueses que vi passar.

(se formos racionais. É mais provável sofrermos um acidente fatal ao deslocar-mo-nos para a prova...do que um atentado na mesma.)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Qual é o lugar mais seguro num Avião?


Lembro-me de estar no corredor de um dos vários edifícios de um banco no tagus park. Ligados por túneis futuristas e pausados por jardins japoneses com lagos repletos de peixes obesos e doentes... tal como os transeuntes. De estar a fumar um cigarro com um tipo com botões de punho personalizados e um relógio enorme e de estarmos a falar sobre os riscos da aviação comercial.
 Ele era um grande aficionado da aviação (e até estava a tirar um dos tipos de formação para pilotar que já não me lembro qual era) e ia-me transportando de história em história dos maiores desastres da aviação. Em algumas acabava por concluir que "tudo o que podia correr mal, correu". E terminou a conversa dizendo que no que toca a aviação quanto mais se sabe, mais respeito se ganha (leia-se medo). Eu acenei por simpatia mas não achava isto credível. Basta olhar para as estatísticas para perceber que é mais provável ganhar o euromilhões do que sofrer um desastre de avião.

E era essa a minha relação com os céus. Até viajar com a minha mais-que-tudo que tem "muito respeito" de andar de avião. E a pouco e pouco comecei a sentir ansiedade a cada descolagem, aterragem ou poço de ar. Até mesmo quando, ao chegar a Londres, noto que já não estou muito longe da pista e me lembro que não ouvi o trem de aterragem descer...não resisto a olhar para as hospedeiras à procura de um sinal mínimo de pânico.

[Não é que tenha motivos para ter "respeito". Depois de viver para Londres voar tornou-se quase tão banal como era andar de comboio na minha adolescência (e bem mais seguro se tivermos a linha de sintra em conta). E as únicas viagens que me ficaram na memória foram uma aterragem em estugarda em que o avião travou em 3 segundos e as coisas que tinha no colo voaram até à fila da frente. Ou, mais recentemente, uma aterragem em Katowice na Polónia onde as rodas tocaram na pista provocando uma nuvem de gelo pelo ar com um barulho enorme e eu sem sentir qualquer inercia a pensar "trava, trava, trava". Mais porque soube minutos antes de embarcar que no dia anterior um avião no mesmo aeroporto tinha escorregado para fora da pista.
Mesmo assim nada parecido com a de um amigo que recentemente fez uma aterragem falhada em S.Miguel e teve de regressar a Lisboa... ou as histórias que o meu colega de faculdade açoriano contava sobre as suas viagens a casa. Basta procurar no youtube para ficarmos a saber que algumas das aterragens mais incríveis ocorrem nas ilhas e são executadas por pilotos da Tap.]

Desde então comecei a escolher religiosamente um lugar na asa. Lugar onde o avião está reforçado e onde também é popularmente conhecido um dos lugares do avião mais seguros para se estar na eventualidade de um acidente.

O Channel 4 fez despenhar um Boeing 727 no deserto do México no âmbito do documentário "The Crash".


Depois do embate as primeiras 11 filas (reservadas para primeira classe) foram completamente arrancadas.
Foi registada uma força de 12G nesta zona comparativamente com 6G registada na zona traseira. Os especialistas concluíram que nenhum dos passageiros em primeira sobreviveriam mas que no entanto 78% dos restantes sim. Com maior probabilidade para os lugares traseiros.

Desde a transmissão em Outubro do ano passado que as vendas dos lugares dianteiros desceram abruptamente.

Outro estudo da revista Popular Mechanics analisou centenas de acidentes desde 1971 e chegou à conclusão que os lugares atrás da linha das asas são mais seguros com 69% de probabilidade de sobrevivência  56% na asa e 49% na dianteira. Também é entendido que quem está sentado a uma distância superior a 6 lugares da saída de emergência, tem menor chance de sobreviver.
Também foi concluído no documentário que apertar o cinto e tomar a posição de "brace" é crucial. Muitos acidentes acontecem quando os passageiros têm o cinto desapertando durante uma súbita turbulência.

Depois de estes dados deprimentes é importante também olhar para as estatísticas e confirmar que é possível sobreviver na maior parte dos acidentes. Nos acidentes que decorreram nos Estados Unidos entre 1993 e 2000, envolvendo 53487 passageiros, 51207 sobreviveram. Isto significa que mais de 90% sobreviveram. Mesmo nos 26 acidentes mais graves metade dos passageiros sobreviveu.

Mesmo tendo isto em conta, o avião é o modo de transporte mais seguro do mundo. Existe apenas uma probabilidade de 1/4 700 000 de o pior acontecer. E, pelo sim pelo não, mais vale não estar no lugar errado.

O Documentário pode ser visto no 4oD ou no youtube mas julgo que apenas para quem está no Uk.
PS- um pouco off topic mas já repararam que em Português do Brasil não se diz aterragem? Será que agora temos todos de escrever e dizer "aterrizagem"?

sábado, 6 de abril de 2013

2 por 1 - London Eye, Madame Tussauds, London Dungeon e London Sealife

Para quem já cá vive e que, provavelmente por isso, nunca visitou. Ou mesmo para quem está a fazer planos de visitar Londres. Pode aproveitar esta borla da TimeOut que permite comprar dois bilhetes pelo preço de um para o London Eye, Madame Tussaud, London Dungeon ou o Sealife.
Basta ir ao site e submeter o seu email no formulário. Não se esqueçam de imprimir o voucher e o email que tem o código.
O voucher é válido até 30 de Junho para o London Eye. E até ao fim do ano para os restantes.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

É possível viver com 53£ por semana?

Foi isto que o secretário do Trabalho e Pensões, Iain Duncan, disse. Não exactamente isto mas adiante.

A bomba estalou quando ontem, no programa da bbc radio 4 Today, David Bennett (um ouvinte) perguntou ao secretário se, depois de todos os cortes que os Tories estão a aplicar nos subsídios, ele era capaz de viver com 53£ por semana. O Sr Duncan respondeu "Se tivesse de ser...conseguiria" ("If I had to, I would"). O que é bastante diferente daquilo que a opinião pública inglesa está a tentar passar. Que é que ele afirmou que conseguiria, ou que era "fácil" viver com 53£ por semana.

Esta história pareceu-me uma versão do "ao aguenta, aguenta" do Fernando Ulrich (Ultra Rich) mas à Inglesa.


Entretanto, e só para mostrar que o povo inglês consegue ser tão bimbo como o Português, um jovem chamado Dom Arvesano criou uma petição online. Onde é pedido para o secretário viver com 57£ por semana.
E nela pode ler-se que o Sr Duncan vive com um ordenado de £1581 por semana.

É verdade que uma pessoa não deve de ser obrigado a viver com 53£ por semana. É por isso mesmo que se chama a isto um benefit (ou subsídio) e não um ordenado. Deve ser usado como uma ajuda e não como um modo de vida!
O Iain Duncan ganha mais de £1500 semanais pelo seu TRABALHO!
30 famílias no UK recebem £1500 por semana (apenas para ajuda de renda de casa) por não fazem NADA!
Onde é que existem uma petição contra isto?
O que é melhor para o contribuinte? 30 familias desempregadas a viver em Chelsea ou 30 Duncans?

Ouvindo a entrevista com atenção, para alem dos soundbytes, ficamos a saber que em 1/5 das famílias Inglesas ninguém trabalha! O jornalista diz a certa altura que o Sr David Bennett trabalhou duro durante todo o ano. Chegando a trabalhar 70 horas semanais. Que trabalhou o "máximo que podia" e ganhou apenas 2700 libras em 14 meses! Só podem estar a gozar. Alguém que lave pratos em Londres ganhar isso em menos de 4 meses. Das duas uma. Ou ele não quer fazer outros serviços (podera...se me pagassem a casa e ainda me dessem uma mesada fazia o mesmo) ou está a mentir. Muitas foram as reportagens que fizeram recentemente sobre a terra onde a taxa de desemprego era maior em todo o reino unido. E ao entrevistarem os habitantes dos blocos de council flats oferecidos pelo estado eles, desdentados de pijama e de cabelo pintado de vermelho, afirmavam que tentavam tudo mas que não existiam empregos. Para mais tarde o jornalista descobrir que existiam mais de 1000 empregos na cidade por preencher.

A certa altura o Sr Duncan diz, e muito bem,
"restructure the culture so that people, in essence, find that work always pays!"
Este é um problema grave do Uk. Demasiadas famílias onde nunca ninguém trabalhou e apenas vivem dos benefícios sociais à décadas! Portugal, como sempre, copiou o que via lá fora. Copiou o NHS e igualmente o welfare Inglês. E está a sofrer exactamente os mesmos problemas que existem aqui desde os anos 80! Se alguém tem casa paga pelo estado e ainda fica com dinheiro no bolso porque é que vai procurar emprego para receber menos, ter de trabalhar e ainda ter de pagar renda?

A solução está em aumentar os ordenados? Quem é que paga isso? A meu ver está em ensinar esta geração, que aprendeu que pode viver inteiramente dos restantes contribuintes, que "find work always pays".

Entretanto o revoltado comerciante/desentupidordecanos/motorista veio a ser descoberto pelo DailyMail como um jogador compulsivo. E que na sua conta de twitter diz gostar de futebol poker e cerveja. Sim, porque este senhor é um chumpista mas em 140 caracteres.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Free National Art Pass

O jornal Telegraph e o Art Fund juntaram-se para oferecer um passe National Art de 3 meses completamente de borla. Para quem vive no Uk pode ir aqui, registar-se e receber um passe que dá entrada a 200 museus, galerias de arte e castelos nos Uk.
Apesar de a maioria dos museus de Londres serem de borla esta é uma boa oportunidade de ter um passe que dá 50% de desconto para as exposições pagas como, por exemplo, a sobre a vida de David Bowie no V&A.


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