Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better. Samuel Beckett

terça-feira, 21 de maio de 2013

Harry Beck - a new design for an old map



Harry beck era um freelancer para o London Underground nos anos 20. Em 1932 ele estava desempregado e aí lembrou-se de uma forma diferente de representar o mapa do metro. Muitos designers de hoje falam deste mapa como um referência do design mas foi de facto um engenheiro que o fez.

Com base na sua experiência de desenho de circuitos electrónicos ele deu ênfase às ligações e simplificou tudo o resto. Alterou as distâncias reais das estações, manteve as linhas horizontais, diagonais e verticais e arredondou tudo para ângulos de 45 ou 90 graus. Voluntariamente, sem qualquer convite, enviou o mapa para o metro. Foi rejeitado. Ele tornou a envia-lo.


"a new design for an old map...we welcome your comments please write to pub manager." foi o que constava no verso do folheto criado. Que demonstra que não estavam convencidos que alguém ia usar o mapa. Foi impresso e distribuido em 3 ou 4 estações. No dia seguinte ele perguntou como estava a correr. Eles responderam "going? they went in a hour! The public loved it!".


Apesar de ter continuado um freelancer. Continuou o seu grande projecto fazendo todas as pequenas alterações necessárias com o evoluir da linha. Mas nos anos 50 começaram a existir discordâncias entre os managers e as suas decisões geográficas. Nomeadamente a decisão de separar as wimbledons (na metrepolitan line) de south wimbledon (na northen line).

Em 1960 Harry Beck entrou na sua estação de West Finchley e deparou-se com algo estranho. O seu mapa estava agora assinado por outra pessoa. Nos últimos 14 anos da sua vida Harry continuou a enviar várias versões actualizadas e melhoradas do seu mapa original. Todas foram recusadas.
Só em 1997, postumamente, Harry Beck foi reconhecido como o criador do mapa original do metro de Londres. Mapa que serviu de inspiração para outros tantos em todo o mundo.

O nome Harry Beck assina hoje todos os mapas em todas as 270 estações do metro de Londres. Na de West Finchley, no mesmo local onde viu o seu nome desaparecer do seu projecto de vida, centenas de cidadãos do mundo cruzam-se todos os dias com uma placa em sua memória.

(esta e outras histórias do metro de londres neste doc da  bbc)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Chelsea 2-1 Benfica (Champions League, Leg 2 - 04/04/2012) @ Stamford Bridge

{Depois de curar a azia de Sábado passado é tempo de olhar em frente para a final da liga europa contra o Chelsea. E recordo quando fui ver o Glorioso atrás das linhas do "inimigo" em Stamford Bridge.}

Depois de torcer para que o Chelsea passasse aos 4º de final. E rezar para que se cruzasse com o Benfica. Não acreditei na minha sorte quando o meu colega de trabalho (do Chelsea) me disse que ia jogar contra o Glorioso. Comecei logo a fazer os possíveis para comprar um bilhete para Stamford Bridge.
Um camarada londrino e Benfiquista telefonou para o Restaurante Benfica em Kensal Green (que eu acho que já se chamou Sport London e Benfica há 3 anos) onde lhe disseram que já desde 2010 que o Benfica deixou de demonstrar interesse por eles como Casa do Benfica em Londres. E portanto deixou de haver qualquer forma de um Benfiquista comprar um bilhete em Londres.

Temos sempre a opção chico-espertista. Conheço outro tuga e Benfiquista que tinha o contacto de um "chico-esperto" que conseguiria bilhetes para o jogo por uns 85£. Este mesmo senhor é aquele que também arranja instalações Zon e semelhantes. Sempre a preços inflacionados. É incrível como, no que toca a arranjar qualquer coisa tuga aqui em Londres, acaba sempre por envolver estes "chico-espertos" que têm sempre de levar uma comissão ou suborno e que gerem uma espécie de cartel do produto que vendem. Apesar de estar numa cidade de 8 milhões de habitantes, no que toca a produtos tugas continuo a viver numa aldeia do interior.
O "chico" vendia por 85£ mas como a procura era tanta estaríamos até à hora do jogo para saber se realmente tínhamos bilhete. Então virei-me para o plano B(...ou será C?).

Perguntei ao meu colega V (um indiano com um valente sotaque americano e sócio do Chelsea) se seria possível arranjar-me bilhetes. Na altura que perguntei os bilhetes eram vendidos no site do Chelsea às mijinhas. Um por cada sócio nas bancadas mais foleiras. Depois fiquei a saber que conseguia por 85£ mas não na bancada familiar (de adeptos...em famíla). Seria então na boca do leão que ia ver o jogo. Não querendo esperar pela resposta do "chico" optei por esta e numa tremenda caga os bilhetes mais baratos ficaram disponíveis. E eu ia ver o Benfica na liga dos Campeões pela primeira vez.


Antes do jogo perguntei ao colega V se era normal haver espancamentos ou confusão antes dos derbys. Ele disse-me que tal não acontecia em Stamford Bridge e mais tarde tive a confirmação.
Estava no metro na Piccadilly Line e comecei a ouvir muitos cânticos de claque. Conforme me fui aproximando da estação de fulham Broadway comecei a ouvir cada vez mais Português e a ver cada vez mais vermelho. E até o meu colega ficou um pouco nervoso ao ver uma macha de vermelho aos gritos a entrar na carruagem em frente.
Ao chegar a estação era como estar na de colégio militar. "Glorioso SLB" era o que mais se ouvia. E fiquei bastante surpreendido ao ver tão poucos agentes da polícia à saída do metro. Pelo caminho ainda reconheci alguns adeptos NoName a armar alguma confusão nas esplanadas circundantes. E eu a encher-me de vergonha. Os adeptos de casa chegavam civilizadamente enquanto que a "minoria" de fora atirava garrafas para o chão e gritava a quem passava.

Entrei num pub tipicamente inglês para encontrar uma casa cheia de adeptos de azul e branco. E, talvez por ser essa a cor, senti um nervoso miudinho de ser descoberto. O V disse para não me preocupar e tinha razão. Depois telefona-me o M a dizer que o segurança do pub não o deixava entrar. Questionei-me se não era ilegal alguém recusar alguém entrada num pub apenas por esse vestir um clube diferente. Mas engoli o orgulho saí porta fora cumprimentei o meu colega efusivamente enquanto o segurança perguntava "But...do you support chelsea??" ao que respondi mostrando a tshirt que trazia por baixo. Sim, eu sei que é triste, mas como não sabia onde me ia meter (ver o jogo em lugares que só são vendidos a sócios do Chelsea)  levei a tshirt do chelsea vestida e o cachecol do Benfica no bolso do casaco. Para o caso de haver alguma confusão podia ajudar a acalmar alguns ânimos. E, neste caso, fez com que o M pudesse entrar no pub.

O caminho para o estádio foi algo memorável. A quantidade de adeptos que subitamente invadiu as ruas e que ia ordeiramente para o estádio  Foi uma lição de civismo que não esperava encontrar nos dias de hoje no mundo do futebol.

Nos lugares onde me sentei tinha uma bandeira do chelsea. Todos os lugares do estádio tinham uma bandeira e...talvez por ser tuga, pensei: "Mas porque é que não roubam as bandeiras das cadeiras ao redor? Sempre dava para fazer uns guitos.". A verdade é que ninguém o fez. E, mesmo no final, quando quiseram levar uma sobresselente, perguntaram aos que estavam à volta "is that yours?".

Os cânticos "Blue is the colour"..."C'mon Chelsea!" "Coz we are the famous CFC"... constantes e afinados que me fazia acreditar que, depois de vir a Samford Bridge, não há como não adorar este clube. No entanto o estádio pareceu-me tão pequeno e velho. Apenas 42mil!

No início do jogo tentei disfarçar o meu apoio de cada vez que o ataque do benfica acontecia. Mas rapidamente deixei de conseguir. E não passou muito tempo até uns colegas do lado começarem a reparar. Pudera...os únicos 3 naquela bancada que ficaram sentados no golo do Chelsea...mas que se levantaram efusivamente no do Javi.


Eu cheguei mesmo a gritar GOOOLLLOOOO...seguido de "oh...that's a shame..." enquanto o M me puxava para baixo dizendo "cala-te" entre dentes.

A arrancada e golo do meireiles foi algo de inacreditável (grande golo, para ser honesto)...um bico que parecia que ia para a bancada e cai ali mesmo ao ângulo  Algo, para me fazer lembrar que apesar de estar em Londres...este tripeiro ainda joga de azul...e ele fez questão de festejar efusivamente. Algo me dizia que era mais do que um golo para os blues.

Uma grande experiência. E a certeza de que amanhã teremos um grande jogo.











Entretanto descobri que eles já têm um cantico da final...espero que não saibam a letra amanha.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Parabéns The Smiths

Os Smiths estão de Parabéns. Faz hoje 30 anos, ainda eu não tinha começado a andar, que foi lançado o primeiro single Hand in Glove pelas mãos da editora independente Rough Trade (quem passear por Portobelo Rd, vale a pena visitar esta editora histórica). A mesma editora que hoje nos traz nomes como os Strokes, Antony and the Johnsons, Duffy ou mais recentemente os XX.

Jugo que a primeira vez que ouvi os Smiths foi na discoteca Big P, na Sertã. Não deixa de ser curioso que, vindo da capital, foi no interior que ouvi música diferente daquela pasmaceira da segunda metade dos anos 90. Pré-adolescente, entrava escondido e justamente quando o DJ começava a meter aquelas músicas das 4 da manhã, para começar a mandar a malta embora, era quando eu mais gostava. E era visível que ele esperava aquela altura para colocar a música que Ele queria ouvir. E assim ficavam os mais cotas, eu e aqueles que davam os últimos cartuchos para não irem para casa sozinhos enquanto tocava Pixies, Eagles, Men at Work ou Smiths.

Mas só já na faculdade é que aprendi finalmente o nome desta banda. Nas noites loucas de Club Kitten no Lux (com o DJ João Vieira (também X-Wife), também ele um Londrino) ouvia pela primeira vez ginger ale, jeans team, Siouxsie And The Banshees, Zombie Nation, Peaches, Joy Division e The Smiths. Foi lá que ouvi que se um autocarro nos matar... ao teu lado será a melhor forma de morrer. Foi lá que tive uma paixão platónica pelo cabelo cor-de-rosa e que vi a princesa She-Ra de espada na mão.

E talvez se não se tivessem vendido à EMI a banda não teria durado apenas 5 anos. E esta nostalgia fosse perdida para sempre.
Mas enquanto me lembrar..."There Is a Light That Never Goes Out"!


Outro documentário interessante.


Descobri esta discussão no parlamento Inglês com referências à banda. Reparem na eloquência de Kerry Mccarthy e na rapidez de raciocínio do David Cameron.



Agora comparem com o que vêm no Largo do Rato. Podia também comparar a dimensão da sala, os bancos em que se sentam, secretárias e (ausência) de computadores...mas isso fica para outro post.

domingo, 12 de maio de 2013

Made (Partially) in Portugal

Desde que cheguei a Londres que mudei a minha opinião sobre o meu País. No primeiro ano passei a defendê-lo com unhas e dentes. (julgo que é algo comum entre todos os recém-emigrados). Aproveitava qualquer momento para promover o meu País entre amigos, colegas, conhecidos. Trazia pasteis de feijão, de Belém e queijadas de Sintra aos colegas sempre que ia a Lisboa. E sentia uma responsabilidade de não manchar esta imagem com o meu trabalho ou comportamento (algo que gostava que fosse partilhado por todos os decidem sair, ao invés de virem para cá exclusivamente pelos benefícios sociais).

Quando fui a Cambridge conhecer a cidade pelas passadas de uma amiga que estava a terminar o Doutoramento vi os constantes olás por quem passava de bicicleta naquelas ruas estreitas. Era outros tugas também a terminarem Doutoramento numa das mais reputadas universidades do mundo. E eram tantos!
Ao ver um documentário sobre como se procura vida extraterrestre analisando meteoritos que atingiram a terra. E onde se tenta provar que a vida na terra pode ter começado não apenas com a sopa primordial mas com adn que viajou centenas de milhares de km pelo sistema solar ate chocar com a terra...e que seremos todos, provavelmente, extraterrestres. Uma teoria revolucionária cuja equipa é liderada por...uma Portuguesa.. Tudo isto juntamente com o "desenrascanço" (uma das maiores mentiras que comprámos cegamente) fizeram-me crer que Portugal tinha tudo para ser um País de sucesso. E que não o era apenas por azar ou falta de visibilidade. E que, com tempo, íamos ter o reconhecimento merecido...

Com tempo essa utopia desapareceu. Bastou ir ao supermercado em portugal e confirmar que a carne que comprava todos os dias era escocesa...irlandesa...argentina. E quando ia às compras aqui em Balham e penava para encontrar um produto Português. Temos azeite grego, italiano ou até sul-africano a 12.5£ por 500ml. Mas nenhum made in Portugal...nem um! Uma pesquisa levou-me à conclusão que, em Portugal, não somos auto-suficientes nem no azeite!
Espera...se fores aos vinhos vais encontrar um certamente. Sim...o Porto (porque é Taylor's...um apelido tipicamente tuga...) está lá. E ocasionalmente o Mateus. Mais nada. Nem Reguengos, nem Monte Velho...nada. Sim, pensa o tuga orgulhoso. Mas isso é porque o Sainsbury's não é um supermercado de classe média. Se fores ao Waitrose, ou a boas botle stores já encontras. Certíssimo  Mas porque é que encontro uma secção inteira para vinhos franceses, chilenos, australianos, sul-africanos, californianos ou até espanhóis separados por regiões mas nenhum tuga! Existe até uma estante de madeira onde estão os vinhos a começar por 20£...e nenhum tuga. Será que quando um vinho que não seja intragável é vendido em Inglaterra a 5£ não há lugar para um Quinta de Cabriz ser vendido a 6£? Isto custa pouco mais de 3€...seria lucro de 100%! Com uma margem destas porque é que não encontro vinhos desconhecidos como, por exemplo, o moscatel de setubal ou do douro? Por sermos desenrascados? Eu continuo a ver os mesmos vinhos sul-africados intragáveis a preços proibitivos para um tuga nas prateleiras portuguesas, porque é que não podemos ter vinhos tugas a preços para inglês ver?

De quando em vez encontro uma surpresa. Ha alguns meses encontrei espinafres tugas. Que são bem melhores que os espanhóis (como confirmei). Mas que custam mais do dobro! Como é que custa mais produzir espinafres em Portugal que em Inglaterra!? Quem é que vai pagar mais do dobro por algo que não é duplamente melhor?

Foi, também por isso que fiquei agradavelmente surpreendido quando, ao abrir a embalagem de um sortido de frutas, reparei nisto.


Só gostava que acontecesse mais vezes.

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